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O desenvolvimento econômico e social do Brasil sempre teve um personagem essencial: a Caixa Econômica Federal. O maior banco 100% público do país, que teve seu papel fortalecido mais recentemente, tornou-se um parceiro estratégico na execução de políticas que transformaram a vida de milhões de brasileiros. Não se pode aceitar, portanto, nenhum retrocesso no que diz respeito ao perfil, ao tamanho e à atuação da Caixa.

Tentativas para privatizar a empresa nunca faltaram. E estão novamente colocadas. Basta citar o pronunciamento do presidente da República ilegítimo, Michel Temer, que nesta terça-feira, 24 de maio, deixou claro que pretende priorizar a chamada Lei das Estatais. Trata-se do PL 4918/2016, que está em tramitação na Câmara dos Deputados, fruto do PLS 555/2015 aprovado no Senado. Graças à pressão de entidades e trabalhadores, houve mudanças importantes no texto inicial. Mas o risco de retorno das ameaças está de volta.

A Caixa é hoje o principal agente operador de programas sociais como o Bolsa Família, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e da distribuição de renda do povo brasileiro. O título de “banco da habitação” também não é por acaso. Milhões de famílias têm realizado o sonho da casa própria com a ajuda decisiva da instituição, que amplia ano a ano a carteira de crédito habitacional e operacionaliza o Minha Casa, Minha Vida. A Caixa é ainda o agente operador do FGTS, um dos maiores ativos da classe trabalhadora.

Destaque ainda para os investimentos em saneamento básico e infraestrutura. Os R$ 70,5 bilhões disponibilizados em 2015, por exemplo, significaram, na prática, mais transporte público, energia, água e esgoto tratados para todos. E a Caixa ainda é o banco do dia a dia da população. Prova disso é a surpreendente marca de 83 milhões de correntistas e poupadores. Só a tradicional caderneta de poupança tem atualmente mais de 64 milhões de conta.

É por tudo que representa na vida dos brasileiros que não podemos admitir nenhum projeto ou iniciativa que represente o enfraquecimento da Caixa Econômica Federal. As entidades representativas, os empregados do banco, os movimentos sociais e a sociedade em geral lutaram e impediram, em algumas ocasiões, o desmonte da instituição. Foi assim na década de 90, quando iniciou-se um projeto para entregá-la de mãos beijadas para a iniciativa privada, como foi feito com a Vale do Rio Doce. E também no final de 2014, quando foram veiculadas notícias de que o governo pretendia abrir o capital da empresa.

O que a história mostra é que a luta por uma Caixa forte, social e 100% pública é permanente. E tem que ser intensificada de imediato. É o que requer o atual momento político do Brasil, em que governo e Congresso Nacional, com o consentimento do Poder Judiciário, se unem para retirar direitos dos trabalhadores e da população mais carente. A Caixa Econômica Federal é dos brasileiros. E defender esse patrimônio é um dever de todos nós!