Segundo a assessoria de Temer, o encontro do presidente interino com o ministro, ocorrido num sábado à noite, visava a tratar do orçamento para as eleições – O presidente interino Michel Temer recebeu, na noite de ontem (28), no Palácio do Jaburu, em Brasília, uma visita inesperada do ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes.

Além de ser relator no TSE de processo que analisa as contas da campanha da chapa Dilma-Temer, Gilmar assumirá, no dia 31, a presidência da Segunda Turma do STF, que é responsável pelo julgamento da maioria dos inquéritos que investigam a participação de políticos no esquema investigado pela Operação Lava Jato.

Será ele, por exemplo, o responsável por definir a pauta da turma, selecionando quais políticos terão seus casos julgados. Gilmar tomou decisões polêmicas recentemente, ao decidir que nada sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) deveria ser investigado, a despeito dos pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Segundo a assessoria de Temer, o encontro do presidente interino com o ministro, ocorrido num sábado à noite, visava a tratar do orçamento para as eleições municipais.

Para integrantes do PT, como o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a explicação não fica de pé. Eis o que ele postou no Facebook:

Mídia covarde e domesticada acha normal encontro de juiz com investigado sábado à noite em Brasília

O interino Golpista Michel Temer é citado por delatores da Lava Jato. O interino ilegítimo responde junto com Dilma a uma ação no TSE que questiona as contas da campanha de 2014. Gilmar Mendes preside o TSE e terça feira, assumirá a turma do STF que julgará os acusados da Lava Jato.
Temer estava em SP e retornou as pressas à Brasília. Os dois se encontraram sábado à noite no Jaburu. A mídia covarde acha normal.

Uma única pergunta revela a hipocrisia sem limites. E se fosse o Lula ou a Dilma, como teria sido a cobertura da imprensa?? Gilmar Mendes faz questão de mostrar quem está no comando. Sua coragem e autoridade só afina quando surgem os nomes de Eduardo Cunha ou Aécio Neves.

Fonte: RBA