O 11º Concut será um dos maiores congressos realizados pela Central nestes 28 anos de existência e contará com número expressivo de participantes, que terão a responsabilidade de elaborar propostas sobre o modelo de país que os trabalhadores desejam para as próximas décadas.
A solenidade de abertura, prevista para a noite da segunda-feira 9, contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Maior central
A CUT é hoje a maior central sindical do Brasil e da América Latina, além da 5ª maior do mundo, com 3.438 entidades filiadas – entre sindicatos, federações e confederações -, 7.464.846 trabalhadores associados e 22.034.145 trabalhadores na base de todos os ramos de atividade econômica do país.
Segundo levantamento feito pelo Ministério do Trabalho, a CUT representa, oficialmente, 46,6% dos trabalhadores associados a sindicatos filiados às centrais sindicais. Isso porque existem muitos sindicatos que ainda não são reconhecidos pelo MT. A segunda colocada tem 13% de representatividade.
Além disso, a CUT está organizada nos 26 estados e no Distrito Federal, por intermédio das CUT’s Estaduais. No caso da CUT São Paulo, existe ainda mais 17 subsedes espalhadas por todo o estado.
História
A CUT foi fundada em 28 de agosto de 1983, na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). Mais de cinco mil trabalhadores ocupavam o galpão da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz, marcando um capítulo importante da história.
Consolidava-se, naquele momento, a organização da classe trabalhadora na luta pela construção de uma sociedade livre, justa e igualitária, reflexo do momento de efervescência vivido pelos militantes em meio à luta pelo fim da ditadura.
A CUT nascia com o objetivo de solidificar um sindicalismo organizado a partir do local de trabalho, desde o sindicato de base até o conjunto da classe, como instrumento de organização e luta dos trabalhadores na sociedade. Daí a necessidade de romper e combater a estrutura sindical oficial e, com isso, avançar para democratizar as relações de trabalho.
Estes princípios norteiam até o hoje a atuação e a luta da Central, que terá como tema neste 11º Concut o tema Liberdade e Autonomia Sindical: Democratizar as Relações de Trabalho para Garantir e Ampliar Direitos.
Seminário Internacional
"Os Desafios dos Trabalhadores e Trabalhadoras no enfrentamento da crise"
10h – Abertura
– Artur Henrique – presidente da CUT
– João Antonio Felício – secretário de Relações Internacionais
– Hassan Yusuff – presidente da CSA (Central Sindical das Américas),
10h30 – Mesa: Liberdade e Autonomia: fortalecendo a organização sindical
Debatedores:
– Michael Sommer: presidente da CSI-ITUC (Central Sindical Internacional)
– Cathy Feingold – Diretora do Departº de Relações Internacionais da AFL-CIO
– Rafael Freire – Sec. de Política Econômica e Desenv. Sustentável – CSA
– Carmem Benitez – ACTRAV/OIT
– Artur Henrique da Silva Santos – Presidente da CUT
Mediadora: Rosane Silva – Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT
14h – Mesa: "As várias faces da crise"
Debatedores:
– Vladimir Safatle – Filósofo, professor Doutor da USP
– Victor Baez – Secretário Geral da CSA
– Roland Schneider – Assessor Politico Senior da Trade Union Advisory Committee (TUAC), Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) in Paris.
Mediador: João Antonio Felício – Secretário de Relações Internacionais da CUT
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo e CUT