O 22º Encontro Nacional dos Banrisulenses já tem data definida: 19 de julho. A deliberação sobre a realização do evento ocorreu na tarde da última sexta-feira (13), durante a reunião estadual de delegados e delegadas sindicais do Banrisul, em Porto Alegre. O evento, promovido pela Fetrafi-RS e sindicatos filiados, será aberto ao conjunto de trabalhadores do banco público dos gaúchos.
O Encontro Nacional constitui o principal espaço de debate e deliberação sobre as demandas específicas dos bancários do Banrisul. Após amplos debates, os banrisulenses irão definir a pauta de reivindicações que será encaminhada para negociação com a direção do banco, na Campanha Nacional 2014.
Além de proporcionar debates sobre conjuntura econômica, o 22º Encontro Nacional aprofundará discussões para melhoria das condições de trabalho do segmento, incluindo segurança bancária; saúde do trabalhador; igualdade de oportunidades; fim do assédio moral; manutenção do banco público; CABERGS e Fundação Banrisul; entre outros temas.
“Estamos mobilizando todos os sindicatos filiados à Fetrafi-RS para garantir a participação de um grande público no 22º Encontro Nacional. Este é um espaço precioso para a manifestação dos banrisulenses e para o encaminhamento de nossas demandas”, avalia a diretora da Federação, Denise Corrêa.
Preparação para a Campanha Nacional
“Durante o 22º Encontro Nacional, os banrisulenses também irão discutir as estratégias de mobilização para a Campanha Nacional deste ano. Sempre tivemos papel de vanguarda nas maiores greves dos bancários e sabemos o peso desta responsabilidade. Além de nossas reivindicações específicas, vamos lutar pela minuta geral da categoria a ser negociada com a Fenaban”, lembra o diretor da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha.
Números do 21º Encontro Nacional
O 21º Encontro Nacional dos Banrisulenses foi realizado no dia 3 de agosto de 2013, no Hotel Embaixador, em Porto Alegre. O evento contou com a participação de 244 delegados e delegadas, oriundos das bases territoriais de 30 sindicatos, sendo três entidades de outros estados.
Momento de disputa
O presidente estadual da CUT, Claudir Nespolo, que participou da reunião dos delegados e das delegadas sindicais, destacou a importância da disputa eleitoral para presidência da República deste ano. “Em 2002, com eleição do Lula, houve o rompimento com o modelo neoliberal dentro do capitalismo e este momento foi histórico para a classe trabalhadora. Por outro lado, é preciso entender a força que o Congresso Nacional tem para barrar os nossos projetos. O setor conservador tem a maior parte das cadeiras do Congresso. Trata-se de uma elite que não deixa de lucrar nunca, independente do regime político do País. Agora eles vêm novamente com o discurso de mudar o rumo do Brasil. Eles trazem o retrocesso e a visão privatista”, alertou.
Para Claudir, “a vaia e o desrespeito à presidenta Dilma na abertura da Copa do Mundo não representaram um mero protesto. Eles mostram o ódio de classe. O ódio daquela elite que estava lá e pode pagar R$ 800,00 por um ingresso para assistir ao jogo”.
“Devemos compreender o que está em disputa agora e qual é o nosso lado. Estamos atualizando a pauta da classe trabalhadora e precisamos fazer pressão para dar legitimidade às reivindicações. Não podemos esquecer que estamos em uma sociedade de correlação de forças”, avaliou.
O dirigente da CUT-RS destaca que a democracia é válida somente para a classe trabalhadora e que é necessária uma grande mobilização pela reforma política. “Dos 514 anos do Brasil, desde o descobrimento, 388 anos foram de escravidão e servidão. Estamos vivendo agora o mais longo período de democracia continuada. Temos pela frente o imenso desafio de coletar milhões de assinaturas, através do Plebiscito Popular pela Reforma Política, de 1º a 7 de setembro, para enfim viabilizar profundas mudanças no sistema que está aí. Desde já convocamos a categoria bancária para esta luta”, destacou Claudir.
Fonte: Contraf-CUT com Fetrafi-RS