28 de abril: Contraf-CUT reforça luta por saúde e segurança no trabalho

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Confederação reforça a defesa de ambientes laborais seguros e denuncia o adoecimento mental crescente entre bancários

Nesta segunda-feira, 28 de abril, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) soma forças ao movimento global em defesa da saúde e segurança no trabalho. A data destaca a importância da luta por condições laborais dignas, marcando tanto o “Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho” quanto o “Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”.

O 28 de abril foi instituído em homenagem aos 78 trabalhadores que perderam a vida em 1969, na explosão de uma mina em Farmington, nos Estados Unidos. Desde 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) consolidou a data como referência mundial para a reflexão e mobilização por ambientes de trabalho mais seguros.

“A campanha Abril Verde caminha para o seu encerramento, mas o compromisso da Contraf-CUT com a saúde dos trabalhadores é permanente. Este 28 de abril é mais do que uma data simbólica: é um chamado à ação para garantirmos que ninguém adoeça ou perca a vida simplesmente por exercer seu direito ao trabalho”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

A realidade brasileira, especialmente no setor financeiro, evidencia a urgência desse debate. Segundo dados da plataforma Smartlab, com base em registros do INSS, o Brasil registrou, em 2024, cerca de 168,7 mil afastamentos acidentários. A categoria bancária, que representa apenas 0,8% do emprego formal, respondeu por 2,81% desses afastamentos. No total de afastamentos previdenciários, os bancários somaram 24.079 ocorrências – 1,12% do volume nacional.

O dado mais alarmante em relação ao setor financeiro, porém, é a natureza das doenças que afastam esses trabalhadores: transtornos mentais e comportamentais já são responsáveis por mais da metade dos casos: 55,9% dos afastamentos acidentários e 51,8% dos previdenciários em 2024. Esse cenário marca uma mudança significativa em relação a 2012, quando as doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo eram a principal causa de afastamento.

“A intensificação do trabalho, a cobrança por metas inalcançáveis e o assédio organizacional estão adoecendo nossos bancários. Não podemos mais tratar esses dados como números frios: cada afastamento representa uma história de sofrimento que poderia e deveria ser evitada”, reforçou Mauro Salles.

Diante deste quadro, a Contraf-CUT defende mudanças estruturais no ambiente de trabalho, com ênfase em políticas de prevenção, promoção da saúde mental e fiscalização rigorosa das condições laborais. “É preciso transformar a cultura do trabalho bancário. Garantir saúde e segurança é garantir dignidade, respeito e vida para quem move o sistema financeiro”, completou o dirigente.

Neste 28 de abril, a Contraf-CUT reafirma que memória e luta caminham juntas, e que a saúde dos trabalhadores deve ser uma prioridade permanente.

Fonte: Contraf-CUT

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