Os 160 delegados e as 149 delegadas do 28º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) aprovaram, na manhã deste domingo (2), as propostas debatidas em grupos na tarde do dia anterior.
“Estes congressos encerram uma fase importante da construção da nossa campanha nacional. Os delegados aqui presentes representam quase metade do conjunto dos bancários brasileiros. Muito do que foi discutido no Conecef e no CNFBB devem ser propostas de toda a categoria, como por exemplo a defesa dos bancos públicos, que é uma pauta também entre os funcionários dos bancos privados”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
“O congresso ratificou o debate que já vinha sendo feito sobre a defesa dos bancos públicos e dos funcionários contra as consequências do desmonte do Banco do Brasil. Debatemos também várias propostas sobre saúde do trabalhador, Cassi, Previ e a luta contra a terceirização”, disse Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa de Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).
Todos os anos os funcionários do BB se reúnem para definirem a pauta de reivindicações específicas com o banco. Neste ano, em decorrência do acordo de dois anos realizado em 2016, que garantiu aumento real dos salários e vales de INPC + 1% e manutenção do acordo de PLR, as propostas são apenas sobre os temas tratados na mesa de negociação permanente e de organização e luta contra o processo de reestruturação (desmonte) do banco.
“A conjuntura atual é muito adversa. Os bancos públicos estão sob forte ataque pelo governo Temer. Por isso, começamos os congressos dos bancários do BB e da Caixa com o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos. Todas as correntes que atuam no movimento sindical bancário concordam com a defesa dos bancos públicos”, afirmou Carlos de Souza, secretário Geral da Contraf-CUT. O lançamento da frente parlamentar contou com a presença de diversos deputados e senadores de diferentes partidos.
A Contraf-CUT, a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e demais organizações de representação dos trabalhadores, juntamente com parlamentares que defendem os bancos públicos como ferramentas importantes para o desenvolvimento socioeconômico do país, realizam diversas ações para conscientização da sociedade sobre o tema.