O 3º Congresso Mundial da UNI Sindicato Global (Union Network International, entidade sindical à qual é filiada a Contraf-CUT e que reúne trabalhadores do setor de serviços de todo o mundo) começou nesta terça-feira, 9, em Nagasaki, Japão. Os mais de 2 mil participantes de todo o planeta participaram da cerimônia de abertura que uniu apresentações de cultura japonesa com um chamado à ação expressa no tema do evento, "Rompendo Barreiras".
Os bancários do Brasil estão representados no Congresso, que vai até a quinta 11, com uma delegação de 11 dirigentes sindicais. Os representantes são Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e presidente da UNI Américas Finanças; Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT; Deise Recoaro, secretária de políticas sociais da Contraf-CUT; Ricardo Jacques, secretário de relações internacionais da Contraf-CUT; Luiz Claudio Marcolino, presidente licenciado do Sindicato dos Bancários de São Paulo, deputado estadual eleito e vice-presidente da UNI Finanças; Juvândia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo; Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio; Adriana Magalhães, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e presidenta do Comitê da Juventude da UNI; Rita Berlofa, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo; Neiva Ribeiro, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Denise Corrêa, diretora da Fetrafi-RS.
As apresentações culturais começaram com uma demonstração de taiko, tradicional arte japonesa dos tambores. Também foi mostrada uma versão para dois coros da ópera Madame Butterfly, de Puccini, e uma performance do coro do Colégio Junshin de Garotas, que todos os anos se apresenta no aniversário do lançamento da bomba atômica em Nagasaki pelos Estados Unidos, ocorrido no dia 9 de agosto de 1945.
Nobuaki Koga, presidente da federação de sindicatos japoneses RENGO, deu as boas vindas aos participantes para uma cidade que lidera campanhas de paz em todo o mundo. Ele foi seguido por Hodo Nakamura, prefeito de Nagasaki, que encorajou o mundo a garantir que Nagasaki seja o último lugar da terra a sofrer com os horrores da bomba nuclear.
Sharan Burrow, secretária-geral da ITUC (sigla em inglês para Confederação Internacional de Sindicatos), cobrou do movimento sindical que lute pela paz para os trabalhadores e suas famílias em todos os lugares. Ela parabenizou a UNI por seus primeiros dez anos de ação.
"Nossa mensagem é simples: que os valentões corporativos se preparem", disse ela, anunciando que a IUC irá escolher uma corporação em particular para dedicar mais atenção em 2011. "Vamos decidir qual será o nosso alvo número um em janeiro, num fórum de organização em Washington, e vamos empregar nossa determinação e recursos para garantir que essa companhia respeite os direitos dos trabalhadores", afirmou.
O presidente da UNI, Joe Hansen, clamou por uma pressão renovada sobre o Walmart, para que a empresa negocie um acordo marco global com a UNI. "Companhias como o Walmart que aspiram ser líderes globais precisam entender suas responsabilidades para com seus trabalhadores", disse ele. "Responsabilidade corporativa, direitos dos trabalhadores e sustentabilidade ambiental caminham lado a lado", completou.
Um dos pontos altos da cerimônia de abertura foi um depoimento pessoal da trabalhadora dos correios Mai Sasaki, de Osaka (Japão), que estava celebrando seu 23º aniversário. Mai descreveu como ela e outros jovens de seu escritório postal estão se tornando engajados no seu sindicato, o JPGU.
Fonte: Contraf-CUT, com Andrew Bibby – UNI