Mas os banerjianos não sucumbiram à privatização. Muitos foram demitidos logo depois da incorporação pelo Itaú, alguns resistem e continuam até hoje trabalhando para o novo patrão. Atualmente, acontece uma reunião de funcionários do extinto Banerj no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio, duas quintas-feiras por mês.
Nestas ocasiões, os colegas vão muito além de compartilhar nostalgia. No Encontro Nacional, o objetivo é permitir a aproximação cada vez maior dos empregados do banco de todas as partes do Brasil para que esta união fortaleça os banerjianos e lhes permita trocar informações a respeito das pendências que ainda existem e que têm tirado o sono de muitos funcionários nos útlimos 13 anos.
Um dos problemas mais severos dos banerjianos aflige, hoje, os aposentados. O fundo de pensão PreviBanerj foi extinto mais de um ano antes da privatização. A reserva dos participantes foi, então, transferida para o RioPrevidência, instituto de previdência complementar dos servidores estaduais. Na ocasião, muitos participantes do PreviBanerj decidiram sacar sua reserva pessoal, o que implicou na saída do fundo. Para os que continuaram, as contribuições foram suspensas – tanto de funcionários quanto da patrocinadora – mas o fundo ainda existe.
Diante deste tratamento diferente entre os que sacaram e os que mantiveram, o deputado estadual Gilberto Palmares (PT) está buscando uma forma de retomar a isonomia de tratamento. "Ainda não sabemos como é o projeto, porque ele ainda está em fase de elaboração. Mas o deputado foi convidado para o nosso encontro e poderá explicar a todos nós como funciona", anuncia Antônio Leite, diretor da Federação.
Fonte: Feeb RJ/ES