Com o apoio da Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, a Federação dos Bancários do RJ-ES e Abanerj realizam no próximo sábado, dia 14, o 5º Encontro Nacional dos Funcionários do Antigo Banerj. O evento ocorrerá na sede da Abanerj, na Estrada da Covanca, 1245, no Tanque, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro.

Vanguarda do movimento sindical por mais de 20 anos, os funcionários do Banerj conquistaram direitos que só anos mais tarde os bancários de todo o país conquistariam, como o auxílio-creche e a licença para mãe adotante. Com uma capacidade de organização e mobilização ímpar e o mais alto índice de sindicalização no estado, os funcionários do extinto banco de fomento do Rio lutaram até o último momento contra a privatização, mas foram varridos pelos ventos privatizadores que sopravam no Brasil dos anos 90.

Mas os banerjianos não sucumbiram à privatização. Muitos foram demitidos logo depois da incorporação pelo Itaú, alguns resistem e continuam até hoje trabalhando para o novo patrão. Atualmente, acontece uma reunião de funcionários do extinto Banerj no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio, duas quintas-feiras por mês.

Nestas ocasiões, os colegas vão muito além de compartilhar nostalgia. No Encontro Nacional, o objetivo é permitir a aproximação cada vez maior dos empregados do banco de todas as partes do Brasil para que esta união fortaleça os banerjianos e lhes permita trocar informações a respeito das pendências que ainda existem e que têm tirado o sono de muitos funcionários nos útlimos 13 anos.

Um dos problemas mais severos dos banerjianos aflige, hoje, os aposentados. O fundo de pensão PreviBanerj foi extinto mais de um ano antes da privatização. A reserva dos participantes foi, então, transferida para o RioPrevidência, instituto de previdência complementar dos servidores estaduais. Na ocasião, muitos participantes do PreviBanerj decidiram sacar sua reserva pessoal, o que implicou na saída do fundo. Para os que continuaram, as contribuições foram suspensas – tanto de funcionários quanto da patrocinadora – mas o fundo ainda existe.

Diante deste tratamento diferente entre os que sacaram e os que mantiveram, o deputado estadual Gilberto Palmares (PT) está buscando uma forma de retomar a isonomia de tratamento. "Ainda não sabemos como é o projeto, porque ele ainda está em fase de elaboração. Mas o deputado foi convidado para o nosso encontro e poderá explicar a todos nós como funciona", anuncia Antônio Leite, diretor da Federação.

Fonte: Feeb RJ/ES

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