O golpe conhecido como saidinha de banco fez 70 vítimas por mês em Belo Horizonte, nos últimos sete meses. É a primeira vez que a polícia faz um levantamento sobre esse tipo de crime, que não está no código penal. Isso quer dizer que é um crime não tipificado.
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Há outras formas de ação criminosa que também não têm um registro específico, como é o caso do golpe do falso sequestro. Você vai ver como isso interfere na vida do cidadão, na reportagem de Larissa Carvalho e Ricardo Moss.
Está em tramitação, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, um projeto que prevê a proibição do uso de celular nos bancos. Também está na proposta, a construção de barreiras nos caixas e um pedido para que os bancos forneçam as imagens internas e externas em todos os casos de suspeita do golpe, entre outras medidas.
A Febraban informou que não pode impedir o uso de celular nas agências, e que já colabora com a polícia na cessão de imagens e em ações pra coibir o crime.
Ainda segundo a federação, não há estudos que comprovem que a instalação de biombos em caixas é eficiente, já que dificultam a visão do vigilante.
Bancários exigem mais segurança
O diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e representante da Fetraf-MG no Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Leonardo Fonseca, ainda não conseguiu acesso à integra do projeto de lei. Para ele, "as agências estão muito vulneráveis e, por isso, crescem os assaltos inclusive na saída do banco´", avalia.
Leonardo defende um conjunto de equipamentos para prevenir ataques aos bancos. "É preciso instalar a porta giratória na entrada das unidades, isto é, antes do autoatendimento, além de câmeras de filmagem com monitoramento fora do local controlado e vidros blindados nas fachadas", defende.
O dirigente sindical avalia que, para grantir maior privacidade aos clientes, a solução não é a instalação de biombos e sim a colocação de divisórias entre os caixas da agência e os caixas eletrônicos, formando "baias". Para ele, "com os lucros bilionários que estão exibindo a cada trimestre, os bancos não têm nenhuma desculpa para deixar de investir pesado em segurança e proteger a vida de trabalhadores e clientes".
Ele também cobra melhoria da segurança pública. "O governo mineiro precisa contratar mais policiais, botar mais viaturas nas ruas e fazer patrulhamento nas áreas próximas dos bancos, sobretudo em dias de pagamento de aposentados e servidores públicos, como forma de reduzir a sensação de insegurança e prevenir assaltos e sequestros", conclui.
Fonte: Contraf-CUT com Globominas