Dia Nacional de Luta em defesa da Previ: trabalhadores do BB realizam protestos pelo país

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Na data em que entidade completa 121 anos, categoria faz manifestações contra tentantivas de entregar a gestão da entidade, hoje realizada pelos próprios associados, ao mercado

A categoria bancária realizou, nesta quarta-feira (16), data em que a caixa de previdência dos trabalhadores do Banco do Brasil, a Previ, faz aniversário, protestos em várias partes do país em defesa da entidade. A principal concentração ocorreu em frente à sede da Previ, no Rio de Janeiro.

“É dia de comemorar os 121 anos da Previ, mas também de nos engajarmos pela defesa da nossa entidade”, explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Fernanda Lopes, diante de uma série de ataques que a entidade passou a receber, mais fortemente, nos últimos meses, por meio de manobras no Tribunal de Contas da União (TCU) e de veículos da grande imprensa.

Atualmente, a Previ administra R$ 270 bilhões de 200 mil associados e associadas. É também o maior fundo de pensão fechado da América Latina e referência de gestão para outras entidades semelhantes pelo mundo. 
“Já estamos acostumados, ao longo de todos esses anos, com as tentativas de agentes externos de repassar a gestão da Previ para as mãos do mercado. Hoje esta gestão é inteiramente feita pelos próprios associados e associadas, sejam eleitos ou indicados pelo patrocinador, que é o Banco do Brasil. Essas movimentações de alijar os associados da gestão da Previ ficaram mais fortes no período recente”, destaca Fernanda Lopes.

Desde fevereiro, a Previ está sob auditoria do TCU. “Nós não somos contra as auditorias. Aliás, defendemos e são realizadas constantemente, por agentes externos e internos à Previ. Porém, o que nos chamou a atenção foi a maneira como foi decidida e a forma como está sendo divulgada por um grande meio de comunicação, em específico, na tentativa de criar pânico entre os associados e que poderia colocar em risco o modelo de gestão de sucesso da Previ”, observa Fernanda Lopes.

A Previ já entregou à entidade auditora, indicada pelo TCU, mais de 2 mil documentos. O relatório preliminar encaminhado à Corte não registrou nenhuma irregularidade na Previ. Ainda assim, no dia 9 de abril, o plenário do TCU aprovou uma ampliação da auditoria, com argumentos que contrariam os resultados da própria auditoria preliminar.

Diante desses fatos, os funcionários e funcionárias do Banco do Brasil realizaram o seguinte levantamento:

  • Desde o início de fevereiro, um meio de comunicação em destaque no país publicou mais de 50 matérias com ataques à Previ;
  • O bombardeio coincide com uma ofensiva de ministros TCU contra a Previ, cujo capítulo mais recente foi o voto político de um deles;
  • Em sua decisão, o decano contrariou o relatório técnico do próprio TCU;
  • Por coincidência, presidente executivo do conselho do meio de comunicação indicado acima é sogro de um outro ministro do TCU;
  • Ministro esse que fez grande articulação com políticos, pessoas do mercado financeiro e de fundos de pensão, incluindo a Previ, para ser indicado presidente da Vale;
  • Entretanto, outro nome foi eleito pelo Conselho da Administração, onde a Previ tem participação acionária;
  • Além desses fatos, em meados do ano passado, o Banco do Brasil decidiu não renovar contrato de publicidade com o referido meio de comunicação, que mais tem dado espaço aos ataques contra a Previ e menos espaço para que a Previ se defenda nas matérias.

“Nossas manifestações de hoje tiveram como objetivo ampliar essas informações para nossos colegas, associados e associadas da Previ, e requerer de uma instituição tão importante e necessária à democracia, que é o TCU, uma análise coerente e baseada nos dados técnicos e não por motivações políticas, também exigimos que os meios de comunicação deem espaço justo para que a Previ e os associados e associadas da entidade em suas publicações”, conclui Fernanda Lopes.

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