Crédito: Seeb São Paulo

Mobilização dos bancários cobra respeito, acordo global e aditivo

Mais de 40 agências do Santander distribuídas nas regiões Centro, Paulista, Leste, Oeste, Norte e Sul, além de Osasco e região, foram palcos do quarto dia da Jornada Internacional de Lutas nesta quinta-feira 24, em São Paulo.

A abertura das agências foi retardada e os trabalhadores reivindicaram melhores condições de trabalho, fim das demissões, das metas inalcançáveis que propiciam o assédio moral e das práticas antissindicais.

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Os bancários cobram também negociações e assinatura de um acordo marco global, a exemplo de compromissos já assinados por outros bancos transnacionais como Danske Bank (Alemanha), NAG (Austrália), Nordea (Península Escandinava), Barclays África (Inglaterra) e o próprio Banco do Brasil.

Semana de lutas

Desde segunda-feira 21 até sexta 25, bancários de todos os países latino-americanos onde o banco espanhol atua realizam manifestações. Em São Paulo as atividades ocorreram na terça 22, nas concentrações Casa 1 e 2 e nos call centers SP 1 e SP 2 e na quarta 23, no Casa 3.

"O Santander Brasil lucrou R$ 5,9 bilhões até setembro deste ano, o que representa um crescimento de 9% em relação ao igual período de 2010. Esse resultado contribuiu com 25% do lucro mundial do grupo espanhol, a maior participação de um país onde o banco tem presença em todo mundo", observou Rita Berlofa, secretária de Finanças do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Santander.

Mesmo diante desse cenário, a dirigente lembrou que o banco fechou 1.636 postos de trabalho apenas nos primeiros nove meses de 2011. Outro grave problema, segundo ela, é que muitos bancários, por não suportarem a pressão das metas abusivas e o assédio moral, acabam pedindo demissão.

"No Brasil há uma gestão onde são impostos objetivos inalcançáveis, que geram pressão violenta para que sejam cumpridas. Isso propicia práticas de assédio moral e, por consequência, adoecimento dos trabalhadores", aponta.

Em outubro, a diretora do Sindicato esteve na Espanha, ao lado de outros dirigentes sindicais, onde foi entregue à diretoria do banco – na Cidade Financeira Santander, em Boadilla del Monte, município ao lado de Madri – uma carta.

O documento, recebido pelo diretor de RH do Santander na Espanha, Juan Gorostide, cobrava a assinatura da mesma declaração conjunta firmada no Comitê de Empresa Europeu, onde o banco se comprometeu com metas responsáveis e venda realista de produtos.

Nesta sexta pela manhã ocorrerá uma atividade na Torre da Avenida Juscelino Kubitscheck, zona sul de São Paulo, onde fica sede do banco no Brasil.

Negociação agendada

A direção do Santander marcou rodada de negociação para a renovação do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários. A reunião será realizada no dia 1º de dezembro, em horário e local a ser confirmado, em São Paulo.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo