Em assembleia realizada nesta sexta-feira (14), os funcionários do Rio de Janeiro aprovaram por esmagadora maioria a nova proposta do BNDES para a assinatura do acordo coletivo de trabalho. A votação foi feita por meio de cédula, com um total de 1.560 votos. A opção de aceitar a proposta recebeu 1.320 votos (84,6% do total); e a de rejeitar, 214 votos(13,7%). Houve ainda 11 votos nulos (0,7%) e 15 em branco (1%).

A mesa de negociações foi coordenada pelo vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos de Souza. Para ele, "a proposta conquistada foi fruto da mobilização dos funcionários, o que mostra a importância da organização e da participação de todos para garantir avanços".

O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Murilo da Silva, que também participou das negociações, salientou que a participação massiva e a aprovação da proposta foram reflexo da mobilização dos empregados ao longo do processo negocial da campanha. "Foi uma vitória da resistência e da diposição de luta", avaliou.

Graças à mobilização, com protestos e mobilizações, o banco apresentou uma nova proposta, no último dia 10. Houve avanços em vários itens, como a definição do prazo para a implantação do novo plano de carreira (GEP) em 2013, que poderá trazer melhorias em diversos aspectos; manutenção da gratificação de função a ser feita no novo plano; e criação de um fórum para debater assuntos relativos à previdência complementar.

Além disso, o BNDES insistiu em incluir no acordo o item participação nos resultados (PR), desta vez propondo a ampliação do teto da verba. As entidades discordaram e propuseram que fosse elaborado documento à parte que servirá como base para a negociação da PR num acordo em separado, no início do próximo ano.

Jornada e abono

Outro ponto que houve acerto foi a não inclusão no acordo coletivo de qualquer referência à jornada de trabalho, uma questão que já está contemplada em acordo vigente.

Sobre a gratificação anual, não houve avanço. A direção do banco manteve a proposta inicial de 70% do salário, a serem pagos este ano, e 40% em 2013.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio