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Santander protesto demissoes DSC 8379Nesta quarta-feira (21), a partir das 13h30, o Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-PB) vai julgar a ação movida pelo Sindicato dos Bancários da Paraíba contra as demissões coletivas feitas pelo Banco Santander em dezembro do ano passado.Na ocasião, o advogado Marcelo Dias Assunção vai fazer a sustentação oral contra o banco espanhol.

Desde quando ocorreram essas demissões, que o Sindicato dos Bancários vem realizando uma série de protestos, com paralisações e atos públicos para tentar barrar a diminuição dos postos de trabalho no Santander. Portanto,  será muito importante a presença do mairo número de bancários na sede do TRT-PB, localizado na Av. Corálio Soares de Oliveira, próximo à Praça da Independência.

Lucro X Demissões

O balanço do 1º semestre de 2013 do Santander Brasil, que aponta um lucro gerencial de R$ 2,929 bilhões, comprova o que a Contraf-CUT, federações e sindicatos vêm denunciando desde o início do ano. Ao invés das demissões em massa praticadas em alguns dias em dezembro de 2012, quando cortou 975 postos de trabalho, o banco espanhol eliminou gradativamente centenas de empregos, totalizando 2.290 nos primeiros seis meses do ano.

Apenas no segundo trimestre, o banco extinguiu 1.782 vagas. Com isso, o quadro que em junho de 2012 era de 54.918 funcionários caiu em junho de 2013 para 51.702, uma redução descabida de 3.216 empregos. Além disso, a rede de atendimento encolheu com o fechamento de 12 agências, 19 PABs e 238 caixas eletrônicos.

Essa realidade levou o movimento sindical a realizar em 11 de abril um dia nacional de luta em protesto contra a falta de funcionários na rede de agências. No entanto, o banco seguiu demitindo e ainda entrou com ações judiciais contra várias entidades sindicais para tentar calar a voz dos trabalhadores.

Para o diretor Jurandi Pereira, responsável pelo Departamento Jurídico do SEEB – PB, a hora é oportuna para prestigiarmos o nosso parceiro jurídico na defesa dos interesses da categoria contra a mesquinhez dos banqueiros. “Esse modelo de gestão, baseado na redução de custos, através da rotatividade e do corte de empregos, piorou ainda mais as condições de trabalho e está na contramão da melhoria do atendimento aos clientes. E deve ser por isso que o banco liderou pelo quinto mês consecutivo, em junho, o ranking de reclamações do Banco Central”, concluiu.

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