
Nesta sexta-feira, 19 de dezembro, o funcionário Carlos Henrique Werneck foi reintegrado aos quadros da Gerência de Gestão de Pessoas da Paraíba (Gepes Paraíba), do Banco do Brasil, por força de medida judicial.
A Tutela Antecipada nos autos da Ação Reclamatória patrocinada pelo escritório do Dr. Alexandre Vieira Ferreira foi concedida pelo Juiz da 7ª Vara do Trabalho de João Pessoa, Dr. Normando Salomão Leitão. Além da reintegração em 48 horas, o magistrado também arbitrou uma multa no valor de R$ 10 mil, em caso de descumprimento da medida judicial por parte do Banco do Brasil.
O juiz se baseou nos autos para tomar essa decisão em favor do bancário. “Não vislumbro ‘a priori’ algo que mereça a pena máxima de demissão por justa causa, especialmente para um funcionário com 30 anos de casa e com um comportamento sem máculas anteriores”, fundamentou Dr. Normando Salomão Leitão.
Da mesma forma que agiu no caso da funcionária reintegrada pelo mesmo motivo, o diretor do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Jurandi Pereira, acompanhou esta reintegração e criticou o extremismo do Banco. “Após 30 anos de dedicação exemplar ao Banco, o funcionário não merecia a pena extrema de demissão por justa causa, uma vez que o BB não observou a gradação contida nos normativos atinentes ao processo administrativo sumário, sem observância dos princípios de ampla defesa e a instauração do devido processo legal”, arrematou.
A perseguição ao funcionário Carlos Henrique Werneck foi objeto de reportagem especial na edição nº 557, do Trocando em Miúdos (boletim informativo do Sindicato dos Bancários da Paraíba), publicada nas páginas 4 e 5, sob a manchete “Perseguição do BB na Paraíba tem endereço, nome e sobrenome.
Marcos Henriques, presidente do SEEB – PB, comemora mais essa sentença contra a injustiça praticada pelo Banco. “Como era de se esperar, a justiça agiu com a mesma coerência da sentença favorável à bancária que foi reintegrada anteriormente. Foi mais uma vitória dos trabalhadores contra a prepotência dos bancos. Para aqueles que se sentirem ameaçados o caminho é o Sindicato!”, concluiu.