A greve nacional dos bancários que está no seu 11º dia neste sábado, 9 de outubro, já começa a ficar insustentável. Enquanto os bancários aguardam uma proposta decente, os banqueiros esperam vencer os grevistas pelo cansaço ou pelas práticas antissindicais, inclusive em desrespeito à legislação trabalhista. O fato é que a sociedade está no prejuízo, pessoas sofrem com essa paralisação e as reações estão aí, contra e a favor da greve.

Uns xingam os bancários em greve, chamando-os de vagabundos. Setores da Justiça do Trabalho, ao tempo em que não conseguem ver os bancários sendo pressionados para trabalhar ainda pela madrugada, emitem seus "interditos" que permitem alguns bancos abrirem suas agências ‘na marra’.

 

Ainda bem que em meio a tudo isso,  pessoas prejudicadas pela paralisação conseguem a serenidade capaz de  analisarem o problema e seus efeitos  de forma racional. É o caso do empresário Divaildo Barbolomeu Lima, que fez o seu desabafo, chamando os amigos e a sociedade à reflexão e as autoridades à responsabilidade.

E essa manifestação espontânea vem ao encontro do tema da Campanha Nacional dos Bancários 2010 –  Outro banco é preciso. Pessoas em primeiro lugar!

 

Eis o desabafo do empresário Divaildo Bartolomeu Lima: 

 
Sou totalmente a favor das reivindicações por melhores salários dos companheiros Bancários; são sem sombras de dúvidas, mão de obra qualificada e possuidores de um grande poder de concentração – não é moleza lhe dar com tantos ($$$) números – e dar conta diariamente de uma baita responsabilidade na sua cabeça, merecem de fato um salário mais condizente com o que representam para cada instituição financeira.
 
Sem nenhum sinal de quando vai acabar a Greve que já entra pelos 10 dias, os banqueiros ainda não sinalizaram qualquer posição em negociar com os bancários, em cima doque se dispõem a pagar 3.85% e ao que pretendem os bancários 11%, para o reajuste de sua categoria.
 
Chamo a atenção dos nobres amigos e à sociedade em geral para analizarem e se posicionarem sobre os tópicos abaixo questionados;
 
1 – Os bancos estão fechados ( a mais de 10 dias). Os cheques emitidos pelos correntistas são compensados?
2 – Os bancos estão fechados.  Os bolêtos bancários com vencimentos dentro destes período de greve, podem deixar para serem pagos quando terminar a greve?
3 – Os bancos estão fechados. Pensionistas e aposentados ficam sem receber seus proventos?
4 – Os bancos estão fechados. Como poderão serem feitos os depósitos em cheques e espécie?
5 – A Greve é Nacional, Estadual, Regional ou Municipal?
 
Sabemos que as respostas acima serão:
 
1 – Tem funcionários trabalhando internamente (na maioria das vezes coagidos);
2 – Deverão serem pagos através de lotéricas, multbanks, correios, supermercados e em caixas eletrônicos nas próprias agências em GREVE;
3 – Nestes casos terão caixas eletrônicos ( com precariedade );
4 – Abre-se algumas exceções (não está fechado!) para os depositantes em potencial e em caixas eletrônicos;
5 – Algumas agências estão funcionando normalmente no interior (?) e outras com liminares.
 
Entendemos que no final de tudo os grandes prejudicados somos nós correntistas, sociedade em geral que tem de cumprir com suas obrigações nas datas pre-estabelecidas precariamente, enfrentando filas atípicas de dias normais e os próprios bancários, pois históricamente, não se atendem o que a categoria reivindica e muitos dos companheiros, de imediato quando não são demitdos,  são transferidos.
 
Já está na hora das autoridades competentes, usando da legalidade para tanto, convoquem os envolvidos e busquem uma alternativa que atenda satisfatoriamente ambas as partes.
 
Não podemos continuar nesta indefinição.

Divaildo Bartolomeu de Lima