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A repercussão do crime, que gerou debates na televisão por semanas a fio, mobilizou a Câmara dos Deputados, que aprovou um projeto de lei com o endurecimento das regras de segurança nos bancos. O projeto, que ainda aguarda análise do Senado, prevê a instalação de bloqueadores de celulares – para impedir contatos telefônicos entre assaltantes – e de cabines de atendimento dos clientes. Essas cabines, com portas metálicas e colocadas em frente aos guichês, ficariam fechadas durante todo o atendimento e evitariam sua visualização por outros clientes.
Para demonstrar pulso firme contra a violência urbana, o governo adiantou algumas iniciativas. Em um país cuja bancarização é inferior à 30% das pessoas, o Banco Central determinou a abertura gratuita de "contas correntes universais", que entraram em vigor na segunda-feira. Qualquer cidadão pode abrir uma, mediante a apresentação de documento de identidade, sem pagar nenhuma taxa mensal. Ganha um cartão de débito e pode movimentar até 10 mil pesos.
O objetivo é desestimular a circulação de pessoas nas agências e o costume de carregar somas grandes de dinheiro vivo. O Banco Central limitou, ainda, a 200 pesos a troca de dinheiro por moedas.Trata-se de um hábito comum entre os comerciantes. Os bancos também foram obrigados a modernizar seus circuitos internos de televisão, instalando câmeras de segurança nas saídas das agências e trocando equipamentos analógicos por outros digitais, com melhor definição, para facilitar a identificação de possíveis assaltantes.(DR)
Fonte: Valor Econômico