Bancários recebem até 30 de setembro, salários e vales reajustados, além da antecipação da PLR; demais conquistas estão valendo até 2018  –  A estratégia da categoria bancária de fechar, na Campanha 2016, um acordo com validade de dois anos (1º de setembro de 2016 a 31 de agosto de 2018) se mostrou acertada. O aumento do desemprego, a crise econômica e os avanços das reformas trabalhista e da Previdência no Congresso Nacional, afetam diretamente as negociações salariais de várias categorias no país. Segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) entre 300 categorias, 30 tiveram reajustes abaixo da inflação, para 91 foi igual ao INPC, 107 categorias conseguiram apenas 0,5% acima da inflação e 38 categorias entre 0,51% e 1% acima da inflação.

                O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, lembra que a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) informou que o governo federal não pretende reajustar salários este ano; inclusive, há rumores que vai demitir cerca de 20 mil servidores até dezembro. “Analisando por essa ótica de ataques aos funcionários de empresas públicas, entre elas os bancos oficiais, os bancários serão, possivelmente, a única categoria que obterá aumento real neste ano, graças a nossa ousadia em fechar um acordo bianual”, ressaltou.

                Termo de Compromisso – Os representantes dos  bancários/as entregaram à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) um documento para a construção de um Termo de Compromisso que garanta o respeito aos direitos da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e aguarda resposta.

                Entretanto, mesmo que os bancos firmem o Termo de Compromisso, nos garantindo a manutenção dos direitos até agosto do ano vindouro, devemos ficar atentos aos desafios a serem superados, ante a ganância dos bancos e as armadilhas do governo.

                “Ainda bem que fechamos um acordo bianual que contempla reajuste de salário com ganho real de 1%. E, mesmo não sendo o acordo dos nossos sonhos, pelo menos temporariamente estamos livres dos impactos da deforma trabalhista, que começa a vigorar em novembro. Daí a importância de estarmos mobilizados e dispostos aos embates por nenhum direito a menos”, concluiu Marcelo Alves.