O ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, foi barrado ao tentar entrar no plenário do Senado para acompanhar a eleição da mesa diretora da Casa, na última quarta-feira (1). O ex-gestor chegou com sua esposa a tentar acessar uma das alas de entrada, mas logo foi impedido pelos seguranças da cerimônia.

Colocado por Bolsonaro para gerir o maior banco público da América Latina, Guimarães deixou o cargo com um rastro de inúmeros casos de perseguição e assédio contra funcionárias de carreira do banco. As denúncias seguem sendo investigado pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Ministério Público Federal sob sigilo.

Como se não bastassem os assédios sofridos pelas trabalhadoras, o então presidente chegou a defender o gestor das acusações ao dizer que não tinha visto nada de contundente nas inúmeras denúncias.

Nos testemunhos, elas contam que foram abusadas com toques em partes íntimas sem consentimento, falas e abordagens inconvenientes e convites desrespeitosos, por parte do presidente da entidade. A maior parte dos relatos está ligada a atividades do programa Caixa Mais Brasil, realizadas em todo o país. Pelo programa, desde 2019, já ocorreram mais de 140 viagens, em que estavam Pedro Guimarães e equipe. Nesses eventos profissionais, todos ficam no mesmo hotel, onde ocorria o assédio.

Após a mídia nacional e internacional veicular os casos e a pressão do movimento sindical, ele pediu demissão do cargo. Até o momento, as investigações seguem sob sigilo.