
Esses valores correspondem a salários de gerentes de divisão com comissão de representação de chefe de departamento, ambos do antigo Banespa e que já não existem no Santander.
A Afabesp propôs ainda remunerar os conselheiros deliberativos e fiscais – que hoje não são remunerados – em R$ 3.435,00 mensais, valor que corresponde a cinco salários mínimos, além de uma ajuda de custo de R$ 2.061,00 (três salários mínimos) por reunião. Assim, considerando quatro reuniões ordinárias por ano, um eleito receberia R$ 49.464,00, valor que pode aumentar a cada reunião extraordinária realizada.
Por sugestão dos representantes do Santander, as propostas da Afabesp e da Abesprev foram retiradas da pauta, iniciativa apoiada por Paulo Salvador, conselheiro eleito, que se manifestou surpreso com a sugestão e argumentou que "o assunto não foi debatido nos fóruns das entidades e comitês gestores dos planos, sendo portanto de interesse pessoal dos autores".
Paulo Salvador informa que não recebe remuneração de qualquer natureza e que a posição do conjunto de dirigentes eleitos é que qualquer remuneração neste sentido deve ser debatida em assembleia anual de participantes, que tem o poder de aprovar não pagar ou estabelecer qualquer valor.
O conselheiro eleito lembra ainda que o Plano II é deficitário e que seu salvamento é muito tormentoso.
Entre os que militam na causa do Banesprev, a iniciativa da Afabesp e da Abesprev foi vista como carreirista e arbitrária e que se caracteriza como uma tentativa de enriquecer com os mandatos.
Salvador avalia que as gestões da Afabesp na Cabesp e no Banesprev não trouxeram nenhuma conquista para os aposentados e que a ideia de fazer carreira com os cargos sempre esteve presente entre os falsos representantes dos aposentados, boa parte munidos do antigo espírito das regalias da Adger. "Agora as afabans sabem com quem estão lidando: é a turma das mansões em Miami e Campos do Jordão", completa.
Fonte: Afubesp