A agência Pedro Leopoldo do Bradesco, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, recém reformada, foi assaltada por seis homens armados com pistolas semiautomáticas, que renderam os funcionários e clientes levando dinheiro e armas de segurança do banco. A agência não possui circuito interno de TV e nem porta giratória com detector de metais, o que contribui com a fragilidade na segurança para ação de marginais. O crime ocorreu no dia 18 de maio.
 

Além da negligência em relação à segurança nas agências, o Bradesco reabriu a agência Pedro Leopoldo no mesmo dia, sem prestar qualquer atendimento médico ou psicológico aos funcionários que sofreram o assalto, descumprindo a convenção coletiva dos bancários.

Paralisação

Em protesto contra a falta de segurança, os bancários paralisaram a unidade em 20 de maio, durante quase todo o dia, pressionando o banco a tomar medidas para proteger a vida de trabalhadores e clientes.

O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte tem cobrado soluções imediatas do Bradesco para as questões de segurança nas agências desde o ano passado. No dia 2 de dezembro, o Sindicato protocolou uma carta ao diretor de relações sindicais do Bradesco, Geraldo Gandro, demonstrando a preocupação em relação a segurança diante da abertura de novas agências.

Na carta, foi ressaltada a necessidade de instalação de dispositivos de segurança, principalmente portas giratórias com detectores de metais. Foi enfatizado também o fato dessas novas agências estarem localizadas em regiões de alto índice de criminalidade e em corredores de grande tráfego, sendo mais um motivo para que o banco cumpra as normas previstas em leis.

Em seguida, no dia 27 de dezembro, o Sindicato voltou a cobrar em reunião com representantes do Bradesco a instalação das portas giratórias nas unidades do banco, principalmente nas novas agências. O banco se comprometeu em fazer a instalação da porta somente na unidade São Vicente.

Mais pressão do Sindicato no Bradesco

Após a paralisação por várias horas da agência de Pedro Leopoldo, os representantes do banco reagiram diante da pressão e agendaram no mesmo dia nova reunião para o dia 31 de maio, a fim de rever as questões de segurança.

Durante essa última discussão com os representantes do banco, Almir Costa (diretor regional) e Geraldo Gandro (diretor de relações sindicais), o Sindicato exigiu um retorno imediato quanto à segurança nas agências inauguradas no início do ano. Apesar da incidência de casos de assaltos pela falta de segurança, o banco insiste em não instalar as portas de segurança.

Os representantes do Bradesco se comprometeram durante a reunião em rever o assunto e dar retorno ao Sindicato até sexta-feira, dia 10 de junho.

Para o diretor do Sindicato e representante da Comissão de Segurança da Fetraf-MG, Leonardo Fonseca, a paralisação foi muito importante, pois reabriu a discussão sobre a instalação das portas giratórias nas agências e sobre os procedimentos necessários após os assaltos, como atendimento médico ou psicológico aos bancários. "O Sindicato não está alheio a essa situação e continuará cobrando do Bradesco a solução para o problema".

Segundo o funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato, Leonardo Marques, a entidade irá cobrar insistentemente para que o Bradesco efetive suas obrigações e instale os dispositivos de segurança em suas agências, como a porta giratória com detector de metais e o circuito interno de monitoramento (CFTV).

"Caso o Bradesco não atenda as nossas reivindicações em relação à segurança, o Sindicato irá procurar alternativas políticas e jurídicas em relação ao caso. O compromisso do Sindicato é garantir o bem estar e a segurança dos bancários e clientes", conclui Marques.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb BH