No ranking que considera a probabilidade dos riscos, a disparidade de renda severa e o desequilíbrio fiscal crônico aparecem empatados em primeiro lugar, com a nota 4,03. Em seguida, vêm aumento das emissões dos gases do efeito estufa (3,88), ataque cibernético (3,80) e crise no fornecimento de água (3,79). Na edição de 2011, os riscos enquadrados na categoria ambiental ocuparam quatro das cinco primeiras posições, com destaque para catátrofes metereológicas.
A inclusão das preocupações de cunho econômico entre os riscos predominantes na nova edição do relatório deve-se, principalmente, ao agravamento da crise financeira global. Segundo o documento, "nas economias desenvolvidas, os contratos sociais que foram dados como garantidos em décadas recentes correm o risco de serem destruídos" por causa dos desequilíbrios fiscais, que obrigam governos a cortar gastos e benefícios sociais.
Mesmo nas economias emergentes, diz o relatório, a habilidade de nações como o México, o Peru e os Brics (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China) aproveitar seu rápido crescimento econômico "está longe de ser garantida, devido ao lento crescimento global e à reduzida demanda das economias desenvolvidas".
O Fórum alerta que a agitação social que varreu o mundo em 2011, dos EUA ao Oriente Médio, demonstra como os governos precisam conter a insatisfação do povo "antes que esse descontentamento se torne uma força violenta e desestabilizadora".
Ações como o plano "Brasil sem Miséria" – iniciativa do governo federal que pretende elaborar um mapa da pobreza e um mapa das oportunidades no país – são citadas como exemplos de programas que buscam superar a desigualdade de renda. No entanto, o Fórum frisa que eles "são vulneráveis à contração econômica".
No ranking de riscos de acordo com o grau de impacto sobre a sociedade, as cinco primeiras colocações em 2012 são falhas no sistema financeiro (4,08), crise no fornecimento de água (3,99), crise na oferta de alimentos (3,93), desequilíbrio fiscal crônico (3,87) e extrema volatilidade nos preços de alimentos e energia (3,81). No ano passado, crises fiscais e catástrofes climáticas lideravam a lista.
Fonte: Yahoo