A declaração aumenta as chances de que o G20 concorde em um imposto bancário na sua cúpula em junho.
Lagarde acrescentou, porém, que taxar os bancos não excluiria necessariamente um imposto no estilo da Taxa Tobin sobre todas as transações financeiras, o que foi rejeitado por outras grandes economias como os Estados Unidos e o Canadá.
Mais cedo nesta quarta-feira, o gabinete alemão chegou a um acordo sobre novas regras de reestruturação de bancos, incluindo a implementação de um imposto para reduzir o "risco moral", ou evitar que bancos presumam que serão socorridos com dinheiro público em momentos de crise.
Em comunicado conjunto, a França e a Alemanha disseram que as novas propostas são uma "contribuição útil para o debate internacional sobre como mitigar o risco sistêmico", e que essas regras internacionais precisam ser integradas em uma estrutura europeia.
"As propostas alemãs levam em consideração as particularidades das nossas estruturas nacionais, mas também devem ser incluídas em uma estrutura europeia", disse Schaeuble.
As propostas alemãs permitem que o Estado intervenha imediatamente para reestruturar ou liquidar bancos em falência e transferir as partes relevantes ao sistema –divisões que poderiam pôr em risco a saúde do setor financeiro mais amplo se falirem– a um novo órgão.
Schaeuble disse que o gabinete alemão está procurando trabalhar as propostas em uma proposta de lei até a metade do ano.
Na mesma direção, o ministro britânico das Finanças, Alistair Darling, disse em carta aos ministros das Finanças do G20 nesta quarta-feira que as medidas para proteger o sistema financeiro contra crises futuras precisam ser coordenadas globalmente, evitando a criação de regras que sejam inconsistentes no plano internacional.
Fonte: Reuters, em Berlim