Anielle é irmã de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro morta em 2018. ‘Eu espero que para os próximos dias, para os próximos meses, que a gente não precise esperar mais cinco anos para descobrir quem mandou matar a Mari. Isso é uma das nossas missões de vida‘, declarou.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi eleita pela revista Time como uma das 12 mulheres do ano em 2023. Ela é irmã de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro que foi morta em 2018 em uma emboscada.
O perfil publicado pela Time diz que “a ministra da Igualdade Racial do Brasil nunca planejou entrar na política”. “Então sua irmã foi assassinada”, destacou.
“A trágica história familiar, a personalidade calorosa e o uso hábil das mídias sociais transformaram Anielle, ora reservada, em uma líder improvável no movimento pelos direitos dos negros no Brasil”, descreveu a revista.
O que a Time disse de Anielle

O perfil feito pela revista destaca que Anielle teve que assumir a dianteira na busca por justiça pela irmã e pelas causas que ela defendia, como a igualdade racial.

A Time destaca que Anielle tem hoje 38 anos, a mesma idade que Marielle Franco tinha quando foi assassinada, e hoje é a ministra da Igualdade Racial do governo Lula, responsável por cobrar que o país dê chance a segmentos da população historicamente marginalizados.

“Eu perdi o medo quando eles mataram a minha irmã. Agora eu luto por algo muito maior do que eu mesma”, disse Anielle à publicação.

A revista destaca que Anielle cresceu no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e se apaixonou pelo vôlei aos 8 anos de idade. Aos 16 anos, o esporte deu a ela a oportunidade de jogar nos Estados Unidos. Anielle permaneceu no país por 12 anos, onde estudou inglês e jornalismo em duas universidades historicamente negras. A experiência a ajudou a construir a própria identidade.

Anielle foi uma das fundadoras do Instituto Marielle Franco, em julho de 2018, poucos meses após a morte da irmã. A ONG produziu relatórios sobre a desigualdade na sociedade brasileira, principalmente em relação a mulheres negras.
O perfil da Time destaca ainda que um número recorde de mulheres negras concorreu a cargos eletivos nas últimas eleições no país. E que 29 delas foram eleitas para a Câmara dos Deputados, contra apenas 13 em 2018. Mas que, mesmo assim, o número representa menos de 6% das cadeiras em um país em que as mulheres negras representam 28% da população.
“Eu espero que a população negra ocupe o papel de protagonistas na nossa sociedade, e não apenas a capa de jornais como vítimas de um genocídio”, disse Anielle à publicação norte-americana.
As outras laureadas
Anielle faz parte de uma lista de 12 mulheres do ano divulgada pela Time Magazine. As outras mulheres são:
  • a atriz australiana Cate Blanchett;
  • a atriz e cantora norte-americana Angela Bassett;
  • a ambientalista paquistanesa Ayisha Siddiqa;
  • a executiva japonesa Makiko Ono;
  • a jornalista iraniana Masih Alinejad;
  • a jogadora de futebol norte-americana Megan Rapinoe;
  • a ativista ucraniana Olena Shevchenko;
  • a cantora e compositora norte-americana Phoebe Bridgers;
  • a escritora, produtora e atriz norte-americana Quinta Brunson;
  • a boxeadora e modelo somali Ramla Ali;
  • a ativista mexicana Verónica Cruz Sánchez.

Fonte: g1.globo.com

As outras laureadas

Anielle faz parte de uma lista de 12 mulheres do ano divulgada pela Time Magazine. As outras mulheres são:
  • a atriz australiana Cate Blanchett;
  • a atriz e cantora norte-americana Angela Bassett;
  • a ambientalista paquistanesa Ayisha Siddiqa;
  • a executiva japonesa Makiko Ono;
  • a jornalista iraniana Masih Alinejad;
  • a jogadora de futebol norte-americana Megan Rapinoe;
  • a ativista ucraniana Olena Shevchenko;
  • a cantora e compositora norte-americana Phoebe Bridgers;
  • a escritora, produtora e atriz norte-americana Quinta Brunson;
  • a boxeadora e modelo somali Ramla Ali;
  • a ativista mexicana Verónica Cruz Sánchez.