Nesta quinta-feira (12), os bancários vão retardar em uma hora a abertura do expediente ao público, na Agência Epitácio Pessoa, da Caixa Econômica Federal, em protesto contra descomissionamentos arbitrários e pela retomada das contratações. A atividade faz parte de uma mobilização nacional em defesa da Caixa 100% Pública.
Ao som de uma banda de Frevo, o protesto também terá um bolo comemorativo em homenagem aos 156 anos da instituição.
O Dia de Luta acontece no momento em que crescem os rumores de que a empresa vai lançar, neste mês, Planos de Apoio à Aposentadoria (PAA) e de Demissão Voluntária (PDV), com o objetivo de promover os desligamentos de quase 10 mil empregados. Em novembro de 2016, o presidente do banco, Gilberto Occhi, admitiu a intenção de reduzir o quadro de pessoal em 10 mil funcionários, mas nada oficial foi divulgado até o momento.
“Pelo terceiro ano consecutivo vamos fazer um grande protesto no aniversário da Caixa, cujas ameaças de abertura do capital, ganham força com o risco de a instituição financeira ser privatizada pelo governo ilegítimo do golpista Temer. Portanto vamos continuar lutando contra os descomissionamentos arbitrários e pela retomada das contratações”, afirma o presidente do Sindicato, Marcos Henriques.
Negociação
A mobilização será anterior à reunião entre a Comissão Executiva dos Empresários da Caixa (CEE/Caixa) e os negociadores da empresa, que deve ocorrer no final de janeiro, na qual serão apresentados os resultados das discussões dos Grupos de Trabalho que tratam dos dois assuntos relacionados à RH 184. As orientações, já enviadas às federações e aos sindicatos de bancários, também recomendam a realização de abaixo-assinados e de plenárias para debater propostas de ações com a categoria.
“Temos uma pauta, que foi apresentada por meio de um documento com 12 propostas, exaustivamente discutidas em congressos, plenárias e reuniões e é por elas que estamos lutando. A continuidade da reestruturação, o fechamento de agências ditas deficitárias pela lógica exclusiva dos mercados, as agências digitais e a rede de operações são partes da estratégia para desmonte do papel social da Caixa, assim como sua venda fatiada e a ameaça ao monopólio na gestão do FGTS”, explica o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados, Dionísio Reis.
Fonte: Fenae.