Hoje, a cesta é formada pelo dólar, pelo euro, pelo iene japonês e pela libra esterlina britânica. Mantega quer que sejam incluídos o real brasileiro e o iuan chinês.
O ministro diz que levará a proposta à cúpula do G20 que começa quinta-feira na capital coreana. Mas é mais uma expressão da irritação do governo brasileiro com a decisão dos Estados Unidos de irrigar sua economia com US$ 600 bilhões nos próximos oito meses do que uma expectativa de que a proposta seja de fato encampada pelo G20.
Mantega nem sabe se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionará o tema na sua apresentação na cúpula. "Até agora, não está previsto", diz.
A irritação do ministro é fácil de explicar: a expectativa generalizada é a de que pelo menos parte dos US$ 600 bilhões irão para países produtores de commodities (Mantega citou Brasil e Austrália como exemplos), com duas consequências: valorizar ainda mais o real, que já está forte demais, o que prejudica as exportações brasileiras; e provocar "uma inflação no mercado de commodities", com óbvios reflexos nos preços internos.