Os defensores do uso dos biombos argumentam que, com as estruturas, os clientes terão mais privacidade principalmente ao sacar quantias elevadas de dinheiro.
A ideia é evitar que "olheiros" vejam o saque e, com isso, tentar impedir o crime chamado de "saidinha", quando ladrões atacam clientes que deixam as agências.
A efetividade dessas leis, porém, está ligada diretamente à capacidade de fiscalização dos municípios.
Em Araraquara (273 km de São Paulo), por exemplo, onde a lei das divisórias já existe desde outubro de 2010, a prefeitura diz que fez uma ampla fiscalização no ano passado, que resultou em 23 advertências e 12 infrações. Neste ano, a fiscalização só encontrou uma agência que não havia se adequado.
FALTA DE FISCALIZAÇÃO
Já em Franca (400 km de São Paulo), a lei que exige as divisórias está em vigor desde setembro de 2010, mas, como não houve fiscalização, a regra pouco saiu do papel.
Até o início deste mês, segundo o Sindicato dos Bancários de Franca, apenas um banco – o Mercantil do Brasil -, que tem uma única agência na cidade, cumpria a lei de dois anos atrás.
Por causa disso, segundo o Sindicato, o órgão procurou a prefeitura para cobrar fiscalização. Só assim, a administração notificou os bancos e deu prazo até agosto para colocação das divisórias.
Procurada, a Polícia Militar informou que apoia todas as iniciativas que possam aumentar a segurança.
Fonte: Contraf-CUT com Folha de S.Paulo