Pelo menos 72 cidades paulistas já têm leis municipais que propõem dar mais segurança aos clientes de bancos. A maioria das normas obriga a instalação de divisórias entre os caixas e a área de espera para dar mais privacidade aos clientes. Há ainda outras leis, como proibição do uso de celular dentro dos bancos, instalação de câmeras dentro e fora das agências e blindagem de vidros.

O levantamento de cidades que aprovaram as leis é da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), que tem posição diversa sobre as regras.
Um dos casos mais recentes de lei desse tipo no Estado é o de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), que no último dia 6 regulamentou a obrigatoriedade de divisórias dentro dos bancos.

Os defensores do uso dos biombos argumentam que, com as estruturas, os clientes terão mais privacidade principalmente ao sacar quantias elevadas de dinheiro.

A ideia é evitar que "olheiros" vejam o saque e, com isso, tentar impedir o crime chamado de "saidinha", quando ladrões atacam clientes que deixam as agências.

A efetividade dessas leis, porém, está ligada diretamente à capacidade de fiscalização dos municípios.

Em Araraquara (273 km de São Paulo), por exemplo, onde a lei das divisórias já existe desde outubro de 2010, a prefeitura diz que fez uma ampla fiscalização no ano passado, que resultou em 23 advertências e 12 infrações. Neste ano, a fiscalização só encontrou uma agência que não havia se adequado.

FALTA DE FISCALIZAÇÃO

Já em Franca (400 km de São Paulo), a lei que exige as divisórias está em vigor desde setembro de 2010, mas, como não houve fiscalização, a regra pouco saiu do papel.

Até o início deste mês, segundo o Sindicato dos Bancários de Franca, apenas um banco – o Mercantil do Brasil -, que tem uma única agência na cidade, cumpria a lei de dois anos atrás.

Por causa disso, segundo o Sindicato, o órgão procurou a prefeitura para cobrar fiscalização. Só assim, a administração notificou os bancos e deu prazo até agosto para colocação das divisórias.

Procurada, a Polícia Militar informou que apoia todas as iniciativas que possam aumentar a segurança.

Fonte: Contraf-CUT com Folha de S.Paulo