O Barclays, um dos maiores bancos do Reino Unido, obteve no primeiro semestre do ano um lucro líquido de 1,88 bilhão de libras (US$ 3,17 bilhões), 10% mais que no mesmo período de 2008.

Em comunicado enviado nesta segunda-feira, dia 3, à Bolsa de Valores de Londres, o Barclays informa também que suas provisões –por riscos de falta de pagamento e de outro tipo– estão avaliadas em 4,55 bilhões de libras (US$ 7,66 bilhões), 86% mais que o ano passado.

Além disso, a entidade atingiu no citado período lucro bruto de 2,98 bilhões de libras (US$ 5,02 bilhão), 8% mais que em 2008.

Os lucros do banco foram um pouco menores que o esperado pelos analistas, circunstância que a companhia atribuiu às "desafiantes" condições econômicas.

O executivo-chefe do Barclays, John Varley, disse que o objetivo para 2009 é muito claro: buscar outro ano de lucros sólidos. "Nossa atuação no primeiro semestre é um bom começo", afirmou.

Apesar das dificuldades do setor financeiro nos últimos anos, o Barclays decidiu no exercício passado, ao contrário de outros bancos, não aceitar a ajuda do governo britânico para enfrentar a crise creditícia.

O banco optou por recorrer a uma ampliação de capital de 7,3 bilhões de libras (US$ 12,2 bilhões) que foi estipulada e assinada com um grupo de investidores do Golfo Pérsico.

Segundo Ralph Silva, analista de bancos da firma Tower Group, a rejeição da ajuda estatal contribuiu para os bons resultados do Barclays Capital, que no ano passado foi uma das divisões da entidade mais afetadas pela crise.

Fonte: Efe/Londres