Mesmo com os crescentes lucros, que alcançaram R$ 5,471 bilhões somente no terceiro trimestre deste ano – crescimento de 13,7% em relação ao mesmo período do ano passado -, o Bradesco continua demitindo trabalhadores e contribuindo para agravar um dos principais problemas econômicos e sociais do país. Somente na região representada pela Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), o Bradesco demitiu 229 bancários este ano.
Muitas das demissões têm atingido os trabalhadores oriundos do extinto banco HSBC.
“O tema emprego foi uma das principais reivindicações e um tema bastante discutido em nossa campanha nacional deste ano. Também temos cobrado do banco mais contratações e reposições de funcionários desligados durante as reuniões da Comissão de Organização dos Empregados, mas ao invés disso o Bradesco demite, apesar da lucratividade maior a cada ano. Com esses resultados, não há porque ter redução no número de vagas”, denuncia Janes Estigarribia, diretor do Sindicato de Dourados e representante da Fetec-CUT na COE Bradesco.
Veja como foram as demissões do Bradesco em cada região da Federação:
Acre: 7
Amapá: 13
Brasilia: 44
Campo Grande: 46
Dourados: 5
Mato Grosso: 26
Pará: 49
Rondônia: 23
Rondonópolis: 3
Roraiam: 8
Sinbama (Médio Araguaia): 5
“Além de preocupante, os números mostram que o banco, ao demitir, impõe aos bancários que ficam sobrecarga de trabalho muito grande e uma rotina de pressão e muitas vezes de perseguição e desrespeito. E como as metas só aumentam, os lucros crescem e o número de funcionários diminui leva os trabalhadores ao adoecimento, já que provocam uma superlotação nas agências e a precariedade no atendimento”, acrescenta Janes.