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Crédito: Anne-Christine Poujoulat/AFP

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O Senado da França aprovou nesta sexta-fera (22) o conjunto da reforma da Previdência proposta pelo governo do presidente Nicolas Sarkozy, contrariando as manifestações realizadas no país nos últimos dias.

Após 140 horas de debate, o projeto recebeu apoio de 177 senadores da força governista União para um Movimento Popular (UMP) e de setores do centro, e foi rejeitado por 153 votos de senadores da oposição de esquerda.

A reforma aumenta a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos de idade; a idade que garante benefícios previdenciários plenos passaria de 65 para 67 anos. Também se prevê aumento na contribuição individual dos funcionários públicos, para equiparação com a taxa praticada no setor privado.

Esse projeto tem motivado manifestações em toda a França nas últimas semanas, algumas delas com incidentes violentos. As greves e protestos chegaram a paralisar parcialmente a distribuição de combustíveis no país, afetaram os correios, o transporte público e o sistema escolar.

Para os críticos, a reforma é um golpe contra a tradição de benefícios sociais da França, penaliza de modo exagerado o trabalhador, além de supostamente reduzir a oferta de emprego para os jovens, ao manter os trabalhadores mais velhos por mais tempo em atividade.

O governo alega que as mudanças são necessárias para equilibras as contas da previdência no país, um sistema que atualmente é deficitário, e que é pressionado pelo aumento na expectativa de vida dos franceses.

Para acelerar o trâmite parlamentar do projeto, o governo recorreu a uma manobra de voto único. A aprovação final das duas câmaras do parlamento francês deve acontecer na próxima semana, e em seguida a lei passa é encaminhada para assinatura de Sarkozy.

O governo espera que a votação da polêmica reforma reduza as greves e bloqueios no país, mas mesmo antes da aprovação os sindicatos já haviam convocado duas novas greves gerais: em 28 de outubro e 6 de novembro.

Fonte: UOL Notícias

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