Uma ação que tramitava na Justiça há cerca de 13 anos finalmente teve um final feliz para uma aposentada do Santander oriunda do Banespa. A bancária, que não quer se identificar, ganhou na Justiça cerca de R$ 400 mil reais numa ação movida pelo departamento jurídico do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

No processo, entre os muitos direitos desrespeitados pelo banco, um em especial rendeu a reparação: a sétima e a oitava hora. Na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários e também na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) está claro que a jornada diária da categoria é de seis horas.

"Os bancários precisam tomar conhecimento dos seus direitos e confiar no Sindicato. O meu caso serve de exemplo. Antes de procurar o Sindicato, tive um parecer de um advogado que a cobrança da sétima e oitava hora era caso perdido. Se tivesse acreditado e não confiado na entidade que realmente defende os trabalhadores não teria meu direito reparado", conta.

A aposentada revela que o sentimento agora é de alegria e alivio. "Finalmente acabou. Depois de receber o valor, pensei: dei duas horas do meu tempo de graça para o banco durante muitos anos. Poderia ter utilizado esse tempo para me cuidar. Agora me sinto recompensada. Isso mostra que o banco não pode tudo", desabafa.

Recuperados

O Sindicato tem advogados à disposição dos associados para dar orientações e ingressar com ações trabalhistas. A Secretaria de Assuntos Jurídicos já recuperou R$ 235,6 milhões, entre 2004 e 2009, em processos nos quais representou 32,5 mil bancários contra irregularidades cometidas pelas instituições financeiras.

Fonte: Seeb São Paulo

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