Aposentados pressionam Congresso Nacional durante mobilização em 2011
Com o reajuste de 6,08% nas aposentadorias acima do salário mínimo confirmado pelo governo, entidades que representam os aposentados pretendem agora pleitear um percentual maior após o recesso parlamentar. O índice, equivalente à inflação de 2011 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), é considerado insuficiente pelos aposentados, que pleiteavam um reajuste de 11,7% no Congresso Nacional – reposição da inflação mais 80% do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior. O piso dos benefícios corresponderá ao salário mínimo, de R$ 622.
Pouco após a votação do Orçamento no último mês de dezembro, a presidenta Dilma Rousseff encaminhou ofício aos ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e da Previdência, Garibaldi Alves, informando a retomada das negociações com as entidades a partir de fevereiro.
Um acordo entre sindicatos, entidades, parlamentares e governo foi feito na última hora da votação, garantindo a continuidade do diálogo no começo do ano. Porém, a ordem do governo é segurar os reajustes e priorizar os investimentos em programas sociais.
Entretanto, a postura de contenção de gastos desagrada aos aposentados. "As nossas considerações sobre os 6,08% são as piores possíveis", criticou Matos, que apostava em um valor maior.
Segundo os cálculos da confederação, são cerca de 9 milhões de pessoas que ganham acima do salário mínimo. Destes, 80% recebem até dois salários mínimos – R$ 1.244. "Está mais que na hora de eles perceberem que o aumento só movimenta a economia", frisou.
Fonte: Letícia Cruz – Rede Brasil Atual