No dia 1º de dezembro, o Sindicato dos Bancários de Rondônia, representado pelo presidente Cleiton dos Santos, os diretores José Toscano e Clemilson Farias, juntamente com o presidente da CUT Estadual, Itamar Ferreira e do Auditor Fiscal da Secretaria Regional do Trabalho e Emprego-SRTE, Wilmo Alves, estiveram reunidos com o Superintendente do Banco do Brasil em Rondônia, Reinaldo K. Yokoiama e o seu adjunto, para dar sequência às negociações visando o início da solução de um dos maiores casos de Assédio Moral ocorrido em Rondônia.
O banco garantiu, assim como já havia prometido em um dos encontros anteriores com o Sindicato, que a funcionária não voltaria para a agência onde se identificou o problema, São Miguel do Guaporé. A realocação além da recomendação do médico que acompanhou todo tratamento de saúde da funcionária, que durou quatro meses, era exigência do Sindicato e da SRTE.
Durante a reunião os representantes do banco, diante do posicionamento dos sindicalistas e do auditor fiscal, aceitaram a realocação, mas propuseram que o processo de transferência ocorresse de forma normal e que a funcionária utilizasse férias e abonos, enquanto aguardava a efetivação. Tanto o Sindicato, como a CUT e o auditor fiscal exigiram que o BB tratasse esse casso como uma excepcionalidade e que, se a transferência não ocorresse de imediato, o banco deveria colocá-la, pelo menos, como adida em Cacoal, onde residem seus familiares.
No dia 2 de dezembro, foi efetivada a transferência da funcionária, para a agência Rockfeller em Curitiba/PR, atendendo a reivindicação principal da reunião.
O auditor da SRTE, Wilmo Alves questionou o descaso do banco, que até o momento não informou as providências tomadas em relação à gerente denunciada por assédio moral; bem como, sobre a avaliação psicológica de todos os funcionários que durantes os últimos anos estiveram subordinados a ela. Para o auditor está havendo descaso e omissão por parte do banco, sendo que esta situação será encaminhada ao Ministério Público do Trabalho.
O caso de assédio na agência do BB em São Miguel do Guaporé foi o desfecho de uma trajetória de inúmeras denúncias contra a gerente daquela unidade, que atualmente está afastada de suas funções.
As denúncias ocorriam desde 2004 nas agências de Buritis, Dom Pedro II, em Porto Velho, sendo que em São Miguel outro caso grave já tinha ocorrido, que resultou no pedido de demissão de um gerente de módulo, mesmo assim o banco não havia tomado providências. Uma investigação minuciosa da SRTE/MPT concluída em julho de 2009, comprovou os vários casos de assédio moral denunciados.
Fonte: Seeb Rondônia