A taxa de inadimplência do BC engloba as operações de crédito que são referenciais para o cálculo da taxa média de juros, o que inclui quase todo o crédito livre.
A inadimplência caiu 0,1 ponto percentual tanto nos empréstimos e financiamentos a empresas como para famílias. No segmento de pessoas jurídicas, o índice de calotes caiu para 4% e no de pessoas físicas, para 7,8%.
Já a taxa média de juros das operações referenciais de crédito do sistema financeiro caiu 1,8 ponto percentual entre maio e junho, atingindo 31,1% ao ano, o menor nível da série histórica calculada pelo BC, com início em 2000. O governo iniciou em abril uma cruzada pela redução das tarifas bancárias.
A queda foi puxada pelas operações direcionadas às pessoas físicas, cujo custo caiu 2,3 pontos percentuais no mês passado, para 36,5% ao ano. Para as empresas, a média caiu de 25% para 23,8% ao ano.
Os spreads bancários (diferença entre o custo de captação dos bancos e o juro cobrado dos clientes) caíram de 24,7 pontos percentuais em maio para 23,2 pontos em junho, também no nível mais baixo da série histórica do BC. Antes, o menor spread tinha sido registrado em dezembro de 2007 (22,34 pontos).
Nas operações com pessoas físicas, a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a aplicada aos clientes, que era de 30,5 pontos percentuais em maio, caiu para 28,5 pontos em junho. As empresas, por sua vez, contrataram crédito com spread de 15,9 pontos em junho, ante 16,8 pontos no mês anterior.
Maior oferta de crédito novo
A média diária de concessões apurada pelo BC indica que houve aumento da oferta de crédito novo em junho, pelo menos no que diz respeito aos recursos de livre aplicação pelos bancos.
Em junho foram concedidos, em média, R$ 10,044 bilhões por dia útil, volume 6% superior ao do mês anterior. Em maio, houve retração de 2,4% sobre a média de abril.
O estoque de crédito no Brasil cresceu 1,5% em junho, taxa ligeiramente abaixo da verificada em maio, quando houve expansão revisada de 1,64%.