De acordo com levantamento do major Rosivaldo, comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar, Carlos Alberto Nascimento encontrava-se no final da manhã de ontem na agência do Banco do Brasil que fica na rua 15 de Novembro, no Comércio.
Na ocasião, ele estava acompanhado do motorista Edson Roberto Monteiro, o qual afirmou para a polícia que trabalhava há 18 anos com a vítima. Após sacar R$ 18.000,00 e fazer transferências bancárias, o prático saiu da agência com R$ 9.500,00 em uma pochete e R$ 1.000,00 nos bolsos da calça.
Inclusive, Edson Monteiro comentou com o major Rosivaldo que observou a movimentação suspeita de um indivíduo dentro da agência, mas não percebeu nenhuma atitude estranha após eles saírem do local.
Instantes depois, Carlos Alberto pediu a Edson que apanhasse um táxi e fosse buscar seus dois filhos na escola. Antes disso, o prático telefonou para sua casa e comunicou para empregada doméstica que já iria almoçar.
As câmeras do circuito interno de TV do conjunto residencial Aloysio Chaves registraram a chegada da vítima, em seu veículo Honda Civic. Logo depois, dois indivíduos chegaram em uma motocicleta. Um deles, armado, rendeu o porteiro, enquanto o outro passou pelo portão de entrada. O zelador do conjunto testemunhou a aproximação do bandido que, imediatamente, anunciou o assalto e pediu o dinheiro.
Em seguida, a testemunha só ouviu o disparo. O autor, por sua vez, saiu do conjunto e fugiu na motocicleta, juntamente com seu comparsa. Carlos Alberto Nascimento ainda foi socorrido e levado para o Pronto-Socorro do Guamá no seu próprio veículo, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu.
Preliminarmente, policiais militares acreditam que o projétil seja oriundo de uma pistola ponto 40. O caso foi registrado na Seccional da Cremação.
APURAÇÃO
Desde a hora do latrocínio, equipes de investigadores da Cremação, todas as equipes da 4ª ZPol, quatro viaturas da Rotam e quatro equipes da Rocan fizeram uma grande varredura em várias áreas da cidade para prender os acusados.
Segundo o major Rosivaldo, a procura dos criminosos está baseada nas imagens das câmeras do circuito interno de TV. "Depois de avaliarmos, saímos em busca dos suspeitos e também estamos embasados nas características descritas pelas testemunhas", disse o major.
Segundo a polícia, os criminosos aparentam ter entre 40 e 45 anos de idade, com cerca de 1,75 de altura. O fato de a dupla ter tirado o capacete na hora que entrou no condomínio, facilitou a visualização dos acusados.
Todas essas características levam a polícia a comparar o bandido que atirou na vítima com Sandro Morete Alves Marçal, 31 anos. Ele é um dos três homens que assaltou o escritório de advocacia Charone no dia 15 de setembro.
Fonte: Diário do Pará