Os números oficiais de assaltos a bancos nos primeiros nove meses de 2010 na capital e no Estado de São Paulo seguem preocupando bancários, vigilantes e clientes. Na maior cidade do país foram apurados 114 roubos, de acordo com a Estatística da Criminalidade Secretaria da Segurança Pública (SSP), repetindo exatamente o total de 114 ocorrências no mesmo período do ano passado.

Já em todo o Estado foram divulgados 161 assaltos a bancos até o terceiro trimestre, o que representa uma queda de 11,18% em relação à igual período do ano passado, quando foram registrados 179 casos.

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"Essa nova estatística revela a necessidade urgente de medidas preventivas tanto pelo governo tucano, que é responsável pela segurança pública, como pelas instituições financeiras, que devem garantir a segurança dentro dos seus estabelecimentos", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

"É preciso que haja mais investimentos em segurança para eliminar riscos, prevenir ataques das quadrilhas e reduzir a sensação de medo e insegurança", propõe. "A vida das pessoas deve ser colocada em primeiro lugar", reitera o dirigente da Contraf-CUT.

Itaú Unibanco na contramão

Esse levantamento, que já é preocupante, poderá piorar ainda mais. O Itaú concluiu o processo de integração da rede de agências de Unibanco e retirou inúmeras portas giratórias com detectores de metais. O banco só manteve o equipamento em praças onde há legislação municipal ou estadual e em regiões mais perigosas ou próximas de rotas de fuga.

"O banco não ouviu os seus funcionários, chamados de colaboradores, nem dialogou com o movimento sindical. Os clientes também não foram consultados. O processo de fusão deveria valorizar a vida das pessoas e melhorar as condições de segurança, o que não aconteceu", alerta o funcionário do Itaú Unbibanco e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Mais homicídios em São Paulo

A mesma estatística revela o crescimento dos homicídios nos nove primeiros meses de 2010 na capital paulista. Em 2008, foram 926 assassinatos. No ano seguinte, foram registrados 909 homicídios. Em 2010, esse número já chega aos 929 casos. Um aumento de 2% em relação ao ano passado.

Segundo a lei estadual nº 9.155, de 1995, que obriga a divulgação da Estatística da Criminalidade, a SSP deveria ter veiculado todos os dados até o dia 30 de outubro. Isto porque os dados referentes ao trimestre encerrado devem ser publicados no Diário Oficial do Estado, no máximo em 30 dias após seu término. Porém, como era véspera da eleição, o governo tucano só liberou as informações na segunda-feira, dia 1º de novembro, após o segundo turno.

Fonte: Contraf-CUT com site da SSP-SP

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