Os 446 participantes e assistidos do Banesprev e os 450 associados da Cabesp, reunidos em assembléias no último sábado, dia 25, no E. C. Banespa, em São Paulo, repudiaram as demissões de funcionários pelo Santander. Apesar dos recentes aditivos à convenção coletiva, assinados com o banco espanhol, que estabelecem a licença remunerada pré-aposentadoria ("pijama") e o abono indenizatório como forma de evitar dispensas, o Santander e Real desempregaram proporcionalmente mais trabalhadores que o Itaú e Unibanco no primeiro trimestre de 2009 na capital paulista.
Uma "moção de repúdio ao Santander" foi apresentada pelos diretores do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa e Mário Raia, que foi aclamada pelos presentes. Na assembleia do Banesprev, o documento foi votado e aprovado por unanimidade. Já o presidente da Cabesp, Eduardo Prupest, se negou a colocar a proposta em votação, atropelando mais uma vez a democracia e desrespeitando os associados.
"Repudiamos as demissões de funcionários, muitos às vésperas da aposentadoria e com problemas de saúde adquiridos no trabalho", destaca a moção. "Ao invés de dispensar trabalhadores que, assim como nós, ajudaram a construir a grandeza do banco, o Santander deveria respeitar os empregos e dos direitos dos funcionários e aposentados", ressalta.
Para o funcionário do Santander e diretor da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, "o banco não tem motivos para demitir, uma vez que há sobrecarga de trabalho, carência de pessoal na rede de agências e vários funcionários estão aderindo à licença remunerada pré-aposentadoria, o "pijama", abrindo vagas para evitar dispensas. Além disso, o banco apresentou crescimento de 7% no lucro do primeiro trimestre de 2009 no Brasil, apesar da crise financeira mundial".
Veja a íntegra da moção de repúdio ao Santander:
Nós, participantes e assistidos do Banesprev, reunidos em Assembléia Geral Ordinária, repudiamos as demissões de funcionários, muitos às vésperas da aposentadoria e com problemas de saúde adquiridos no trabalho. Ao invés de dispensar trabalhadores que, assim como nós, ajudaram a construir a grandeza do banco, o Santander deveria respeitar os empregos e dos direitos dos funcionários e aposentados.
Santander, respeite o Brasil e os brasileiros!
Não às demissões!
São Paulo, 25 de abril de 2009.
Fonte: Contraf/CUT