O ataque simultâneo aos três bancos de Boqueirão do Leão, no interior do Rio Grande do Sil, ocorrido na terça-feira, dia 1º, expõe um sério problema: as quadrilhas estão escolhendo cidades pequenas e com reduzido efetivo policial, o que facilita os assaltos e sequestros. O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) entende que, além dos itens de segurança que devem ser instalados pelos bancos, o Governo do Estado precisa investir e contratar mais policiais.

Situação semelhante ocorreu em Mariana Pimentel, no dia 6 de agosto, quando uma quadrilha atacou o a agência do Sicredi, fazendo reféns. A cidade não possui sequer delegacia de polícia. Outro caso ocorreu em 3 de abril, em Cerro Grande, quando uma quadrilha atacou na mesma oportunidade as agências do Banrisul, Sicredi e mais duas cooperativas de crédito.

"Verificamos uma migração dos assaltantes da capital para o interior, principalmente para localidades pequenas e com reduzido contingente de policiais. Esses fatores contribuem para o ataque dos bandidos. Os bancos devem investir em segurança, mas o Estado precisa, urgentemente, contratar mais policiais. De nada adianta os bancos investirem em segurança, se os bandidos encontram facilidade e quase nenhum policial em cidades do interior", observa o presidente do SindBancários, Juberlei Baes Bacelo.

A ONU (Organização das Nações Unidas) recomenda um policial para cada 250 habitantes. Em Boqueirão do Leão, por exemplo, o número indicado pela ONU está muito distante do ideal. A cidade, localizada no Vale do Taquari, possui 8.064 habitantes e apenas cinco policiais. Ou seja, um policial para cada 1.612 habitantes. "Muito longe do que é preconizado pela ONU", completa Juberlei.

Fonte: Seeb Porto Alegre

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