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Crédito: Ivaldo Bezerra/Lumen – Seec
audiencia_publica_recife.jpgO projeto de lei é do vereador Josenildo Sinésio (PT). Ele institui a obrigatoriedade de instalação de dispositivos adicionais de segurança pelas instituições bancárias do Recife. Em audiência pública na quarta, dia 3, no plenarinho da Câmara dos Vereadores do Recife, parlamentares manifestaram apoio ao projeto que, segundo o próprio Josenildo, deve ser aprovado até o mês de maio.

Na mesa de debates, além de Josenildo, estavam o delegado da Polícia Civil, Antônio Barros, representando a Secretaria de Defesa Social; o representante da segurança bancária da Febraban – Federação Brasileira de Bancos, Pedro Oscar; o secretário de Saúde do Sindicato dos Bancários, João Rufino; a presnidente da APPDORT – Associação de Portadores de Doenças Ocupacionais, Roza Bezerra; o representante do Sindicato das Empresas de Segurança, Emanuel Bezerra; e o verador Fábio Barros, representante do Parlamento Metropolitano.

Bancos na contramão

Como de costume, o representante dos bancos tentou colocar como inviáveis os investimentos em segurança exigidos no projeto. Suas argumentações foram lançadas por terra diante dos números dos lucros: "Como é que o Itaú, que teve lucro de R$ 10,06 bilhões no ano passado, não pode instalar portas de segurança ou circuito interno de câmera?", indaga o secretário de Saúde do Sindicato, João Rufino.

A fala do representante da Febraban também foi contradita pelas informações da Secretaria de Defesa Social. Segundo os bancos, o número de assaltos estaria diminuindo por conta dos investimentos já feitos em segurança.

O delegado, entretanto, mostrou que, só este ano, em três meses, já foram oito assaltos – nove, se contar o de terça, dia 2, no BB de Mirandiba. Em 2009, foram 12 durante o ano inteiro. O representante da SDS se dispôs, inclusive, a firmar uma parceria com os bancos e instalar câmeras na área externa das agências.

Representante da APPDORT, a bancária aposentada Rosa Bezerra falou sobre o impacto da falta de segurança na saúde dos trabalhadores. E também do desrespeito de alguns bancos, que não prestam assistência psicológica e insistem até em abrir a unidade no mesmo dia do assalto.

Principais avanços do projeto

O projeto exige portas blindadas, giratórias e individualizadas em todos os acessos ao público, com travamento e retorno automático; vidros blindados para armas de grosso calibre nas portas, janelas e fachadas frontais; portas com detector de metais; recipiente para a guarda de objetos metálicos em todos os acessos; e circuito interno de televisão nas entradas e saídas da instituição e também em lugares estratégicos onde se possa ver o funcionamento das agências e postos de serviço da instituição financeira.

Outra determinação trata do trabalho de quem cuida da segurança das agências. Estes funcionários deverão utilizar coletes à prova de bala nível três e serão proibidos de acumular atividades em outras instituições.

Propostas do Sindicato

O Sindicato apresentou, por escrito, algumas contribuições ao projeto de Josenildo. Confira alguns itens:

– que todos os dispositivos exigidos na Lei Federal como facultativos sejam considerados obrigatórios;

– que se garanta a presença constante de, no mínimo, dois seguranças em cada pavimento da agência, com rendeiro para a hora do almoço;

– que as portas com detector de metais tenham, ao lado, a régua de leds – que auxilia o vigilante a identificar em que parte do corpo do cliente foi detectado o metal;

– que haja cabine blindada para os vigilantes e eles não sejam utilizados para serviços de informação;

– que sejam colocadas câmeras filmadoras e fotográficas em todas as agências – no interior, auto-atendimento e área externa;

– que haja vidros blindados em toda a parte que separa o auto-atendimento da parte interna da agência.

Fonte: Seec-PE

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