Os trabalhadores farão o trajeto carregando cruzes e dois caixões, mas não estarão vestidos de luto e sim com roupas brancas pedindo pela paz no ambiente de trabalho.
A atividade será realizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e contará com o apoio da Fetec-CUT/SP, Contraf-CUT e UNI Américas Finanças.
"As demissões no Itaú Unibanco não estão acontecendo somente no Brasil, mas também em outros países. Continuaremos intensificando nossas atividades para que o banco respeite o emprego e o trabalho decente", afirma Julio César Silva Santos, diretor do Sindicato.
O protesto também será uma forma de pressão para a construção de acordos marcos globais, válidos para os bancários de todos os países da América onde o Itaú Unibanco atua. "Vamos lutar para construir ações concretas para enfrentar problemas comuns e ampliar conquistas", afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.
"Vamos mostrar aos clientes e à sociedade o enorme descaso do Itaú com o emprego decente no Brasil. Queremos o fim imediato das demissões e a contratação de mais funcionários para melhorar as condições de trabalho e garantir atendimento decente aos clientes", destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças.
Sustentabilidade
As demissões e o clima de tensão, que leva ao adoecimento de funcionários, são incompatíveis com o título de banco sustentável entregue recentemente ao Itaú Unibanco pelo jornal inglês Financial Times. Os dirigentes sindicais argumentam que as práticas do banco, com demissão de funcionários e cobrança de metas abusivas, são absolutamente contraditórias com o prêmio.
"Além do respeito ao meio ambiente, a sustentabilidade pressupõe respeito aos trabalhadores, manutenção de empregos e um ambiente de trabalho saudável. Não é o que tem acontecido na instituição, onde as demissões e as metas de mais de 150% têm causado adoecimento dos funcionários e instaurado um clima de terror no banco", completa Júlio.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo