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Eduardo Azeredo foi condenado a 20 anos de prisão por peculato e lavagem de dinheiro - Agência Brasil

Eduardo Azeredo foi condenado a 20 anos de prisão por peculato e lavagem de dinheiro

Segundo Rogério Correia (PT-MG), Aécio Neves também estava na lista que originou na prisão do deputado estadual do PSDB, porém, foi excluído da investigação  –  Em entrevista à repórter Marilu Cabañas da Rádio Brasil Atual, o deputado estadual de Minas Gerais Rogério Correia (PT) lamentou que a condenação do ex-governador e ex-senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), por peculato e lavagem de dinheiro, não incluiu Aécio Neves (PSDB-MG), que segundo ele, também tem seu nome envolvido nas denúncias do chamado mensalão tucano.

“Até que enfim o Azeredo foi preso. Ainda acabe recurso, mas pelo menos fica claro que o crime foi cometido, já que há tanto tempo falamos. Ao que não estão dando destaque é o outro que se beneficiou, além de Azeredo, que é o Aécio Neves, que está na lista, que mostra que ele recebeu R$ 110 mil reais na época.”

O parlamentar explica porque Aécio não foi condenado também no processo. “Eles colocaram só o Azeredo, mas quem recebeu do Azeredo eles tiraram. Então colocaram só quem fez a corrupção ativa, e quem fez a passiva, que foram os deputados, foram retirados (do processo).”

O deputado lembra que Aécio Neves “ainda está na lista de Furnas e esperamos que o (Procurador Geral da República, Rodrigo) Janot abra um processo”

O deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) também comenta a condenação de Azeredo. “É uma decisão tardia, mas é justa, que revela que a matriz da forma de financiar partido e campanha é essa. O mensalão tucano é precursor de todos os mensalões, que sempre envolvem partido político, contratos públicos e propinas. Isso revela que o PSDB, que se diz moral, foi pioneiro nessas práticas.”

Chico Alencar também analisa os caminhos que levam à morosidade da Justiça, da qual maus políticos se aproveitam. “Em nota, o PSDB diz que confia que Azeredo vai provar sua inocência. É curioso que muitos que criticam o foro privilegiado, não vê que para esses homens públicos, não ter esse foro é uma possibilidade à apelação quase infinita, ou seja, acontece a impunidade.”

Fonte: Rede Brasil Atual