Acompanhar o ritmo de crescimento da economia nacional é uma das marcas registradas do Bradesco. O banco fundado em 1943, no munícipio de Marília, em São Paulo, atualmente, conta 13 empresas no grupo, que atingiu R$ 145,584 bilhões em valor de mercado em março de 2013, crescimento superior aos 28% registrados no memo período do ano passado.

Após uma década de forte expansão, ocupando posição de destaque entre as instituições nacionais, em 1970 o Bradesco passou a distribuir dividendos mensais e, em seguida, interligou todas as agências por uma rede de telefonia particular. Nos primeiros três meses deste ano, os acionistas foram pagos e provisionados com juros sobre o capital próprio, em R$ 1,028, bilhão.

O atual momento é explicitado também no balanço trimestral do primeiro exercício de 2013, quando o lucro ajustado gerou R$ 2,943 bilhões, dos quais R$ 2,013 bilhões provenientes das atividades financeiras e R$ 930 milhões pelas atividades de seguro, previdência e capitalização – o que significa rentabilidade de 19,5% sobre o patrimônio líquido.

Com recursos captados e administrados de R$ 1,278 trilhão, a instituição financeira conta com uma carteira de mais de 25,7 milhões de correntistas em todo o País, mais de 48 milhões de contas-poupança e 93,1 milhões de cartões de crédito. Para seguir nos trilhos do crescimento, conforme identifica o diretor-executivo Luiz Carlos Angelotti, um dos grandes diferenciais competitivos é o atendimento em todo o País.

“Mantemos em 100% dos munícipios brasileiros. Parcerias como o Bradesco Expresso, que funciona em estabelecimentos comerciais como farmácias, padarias e supermercados que nos representam em operações de depósitos, saques e pagamentos e, em alguns casos, até empréstimos, são essenciais para isso”, defende.

Além das mais de 4,6 mil agências distribuídas pelo território nacional, há 79,5 mil pontos de atendimento no País, entre Bradesco Expresso (parcerias firmadas com estabelecimentos comerciais em cidades do interior) e ATMs. Na avaliação do executivo, antecipar tendências de mercado integra, historicamente, as ações do banco que, ao longo da década de 1980, foi pioneiro na oferta de home banking ao prestar serviço telefônico automático de saldo.

Agora, o foco está em comunicações. Isso porque as operações em internet somaram R$ 3,7 bilhões em transações no ano passado e, os celulares, R$ 494 milhões, um crescimento exponencial, segundo Angelotti.

Segmentação da carteira apoia aumento dos negócios

A aposta na segmentação é uma das estratégias fundamentais para dar continuidade à ampliação da carteira de crédito do Bradesco, atualmente estimada em R$ 385,5 bilhões. A projeção de crescimento, entre 13% e 17% em 2013, ainda é complementada por um cenário conjuntural formado por juros baixos e estabilidade no nível de emprego.

Na avaliação do diretor executivo Luiz Carlos Angelotti, toda a estrutura de atendimento tem sido desenvolvida com base, justamente, na segmentação. Entre as principais categorias, estão os clientes private (de alta renda), os prime (renda média em torno de R$ 9 mil ao mês) e, em seguida, os segmentos de varejo, representados principalmente pela divisão exclusive.

“Essa forma nos permite ater produtos mais adequados ao perfil de cada grupo e também uma melhor prestação dos serviços. Isso acaba atraindo mais clientes e, para o banco, uma melhor rentabilidade”, afirma.

Segundo o executivo, o setor prime é representativo dentro do modelo de negócios, entretanto, o custo, avaliado em R$ 1,5 milhão para a abertura de uma nova agência, pode funcionar como um limitador. Por isso, o caminho encontrado é o aproveitamento da extensa cobertura nacional, utilizando agências já existentes para a destinação de espaços prime, que contam com gerentes e atendimento diferenciados. “Conseguimos evoluir nessa cobertura. O banco criou uma cobertura nacional em termos de agências, e mantemos uma média de 50 novas unidades ao ano, entre varejo e prime.”

Angelotti destaca a evolução de cerca de 35 milhões de brasileiros às novas classes sociais. O fato determina a necessidade de reavaliação constante na carteira para a promoção de migrações de categorias. “É preciso acompanhar para selecionar aqueles que, de acordo com o desempenho financeiro, podem ser classificados em um novo segmento. Por isso, criamos essa estrutura diferenciada, para favorecer as necessidades.”

Fonte: Jonathan Heckler – Jornal do Comércio – RS