Nesta quinta-feira, 8 de março – Dia Internacional da Mulher, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba coordenou a participação das bancárias na marcha “Por Direitos e Democracia: pela Vida das Mulheres e pelo Bem Viver”. A concentração aconteceu  na Praça dos Três Poderes, com realização de protestos das lideranças políticas e sociais e atividades culturais, inclusive com uma ciranda. Da praça, as manifestantes seguiram em marcha pelas principais ruas do centro de João Pessoa, fazendo um ato de protesto em frente à Agência do INSS e encerrando as atividades na Lagoa do Parque Solon de Lucena.

Encerrada a marcha, por volta do meio dia, a representação do Sindicato fez a tradicional homenagem às mulheres bancárias nas agências localizadas no centro financeiro de João Pessoa, distribuindo camisas alusivas à data comemorativa e convidando-as para o debate “Os Impactos do Golpe na Vida das Mulheres Trabalhadoras”, que será realizado na sexta-feira (9), às 19h no auditório da entidade com as participações da secretária da Mulher Trabalhadora, Luzenira Linhares, e Lourdes Meira, da Frente Brasil Popular.

 “As mulheres bancárias merecem o nosso carinho e o nosso respeito pela disposição de luta e pela capacidade de conciliar essas atividades com a tripla jornada que enfrentam diariamente, inclusive trabalhando sob constante pressão dos bancos pelo atingimento de metas. Por isso acreditamos que as bancárias participem ativamente do debate de amanhã, no Sindicato”, arrematou Marcelo Alves, presidente do SEEB-PB.

História

O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres (principalmente nos EUA e Europa) por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do Século XX.

No dia 8 de março de 1857, trabalhadores de uma indústria têxtil de Nova Iorque fizeram greve por melhores condições de trabalho e igualdades de direitos trabalhistas para as mulheres. O movimento foi reprimido com violência pela polícia. Em 8 de março de 1908, trabalhadoras do comércio de agulhas de Nova Iorque, fizeram uma manifestação para lembrar o movimento de 1857 e exigir o voto feminino e fim do trabalho infantil. Este movimento também foi reprimido pela polícia.

No dia 25 de março de 1911, cerca de 145 trabalhadores (maioria mulheres) morreram queimados num incêndio numa fábrica de tecidos em Nova Iorque. As mortes ocorreram em função das precárias condições de segurança no local. Como reação, o fato trágico provocou várias mudanças nas leis trabalhistas e de segurança de trabalho, gerando melhores condições para os trabalhadores norte-americanos.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem ao movimento pelos direitos das mulheres e como forma de obter apoio internacional para luta em favor do direito de voto para as mulheres (sufrágio universal). Mas somente no ano de 1975, durante o Ano Internacional da Mulher, que a ONU (Organização das Nações Unidas) passou a celebrar o Dia Internacional da Mulher em 8 de março.

Fonte: SEEB – PB