O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte protocolou, nesta sexta-feira, dia 16, uma carta cobrando que o Mercantil do Brasil não penalize os funcionários pelo não atingimento da meta de lucro líquido estipulada em R$ 24 milhões e pague integralmente a primeira parcela do Programa Próprio de Remuneração (PPR) 2013.

O documento foi entregue após a divulgação do balanço do primeiro semestre de 2013 em que o banco apresenta um lucro de R$ 14 milhões. Esse valor mais uma vez foi impactado pelo superdimensionamento das provisões para devedores duvidosos, estratégia que o banco utiliza para não dividir resultados com funcionários, os verdadeiros responsáveis pelos lucros obtidos.

O balanço do Mercantil aponta que foram cumpridas as metas das despesas administrativas vinculadas ao PPR em 120% e a média de 101,53% de atingimento do BSC nas áreas. Além disso, cresceram as operações de crédito, a base de clientes, o volume na carteira de depósito a prazo e a arrecadação de renda com prestação de serviços. Desta forma, fica evidente que houve muito empenho e dedicação dos funcionários do banco naquilo que foi proposto no acordo do PPR 2013 e, portanto, devem ser reconhecidos e recompensados pelo trabalho.

O funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, Vanderci Antônio, afirmou que se acreditava que o banco, no ano em que completa 70 anos, compensaria de forma justa os principais responsáveis pelo crescimento da empresa.

“Para a direção do Mercantil, a lógica é provisionar para obter lucro maior, e dividir o mínimo possível com seu corpo funcional. A prática de provisionamento utilizada pelos bancos é legalmente autorizada pelo Banco Central e diminui o risco de prejuízo. O problema é que os bancos exageram nos provisionamentos e assim a prática que é legal passa a ser imoral ao retirar do bolso dos trabalhadores uma boa parte do PPR e de seu adicional”, denunciou.

Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, os funcionários cumpriram sua parte, diminuindo as despesas operacionais e aumentando a base de clientes da empresa.

“Entretanto, a contrapartida do banco foi um balde de água fria sobre as expectativas dos trabalhadores, que receberão um valor de PPR desanimador. O banco, através de carta do seu vice-presidente, André Brasil, admitiu que o não cumprimento da meta do lucro líquido ocorreu devido a uma situação mercadológica, de aumento da inadimplência, o que foge à alçada dos funcionários. Sendo assim e diante dos resultados, o banco teria o dever moral de pagar o valor integral da parcela de PPR aos bancários, como forma de recompensar e reconhecer o esforço de todos para o cumprimento das metas” concluiu.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb BH

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