Neste sábado (20), bancárias e bancários da base do Sindicato dos Bancários da Paraíba participaram do encontro estadual da categoria, no auditório da entidade, debateram sobre suas reivindicações, a conjuntura em que vai se desenvolver a Campanha Nacional 2024 e elegeram delegadas e delegados que vão defender as propostas na XIII Conferência Regional da Fetrafi-NE, a realizar-se em Recife-PE, nos dias 3 a 5 de maio.

O evento contou com a participação de Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB, que discorreu sobre as questões específicas do funcionalismo do Banco do Brasil; Carlos Eduardo, presidente da Fetrafi-NE, que fez a análise de conjuntura e enfatizou a pesquisa realizada pela federação regional; e a participação especial de Fabiana Uehara (coordenadora da CEE/Caixa) e Juvandia Moreira (presidenta da Contraf-CUT), através de mensagens de vídeo.

O ex-presidente do Sindicato, Marcelo Alves fez a abertura do evento, deu as boas-vindas aos presentes e compôs a mesa com: Lindonjhonson Almeida, presidente do Seeb-PB, que coordenou os trabalhos; Silvana Ramalho, secretária-geral do Seeb-PB; Magali Pontes, secretária de formação do Seeb-PB e diretora de administração da CUT-Paraíba; Marcos Henriques, diretor do Seeb-PB e Vereador (PT – João Pessoa-PB); Robson Luís, diretor de assuntos jurídicos do Seeb-PB e coordenador da CNFBNB; Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB; e Carlos Eduardo, presidente da Fetrafi-NE.

Feitas as saudações iniciais e apresentada a programação do evento, o presidente Lindonjhonson deu as boas-vindas a todas e todos e permaneceu na mesa com Silvana Ramalho para mediarem a participação dos palestrantes convidados.

Os dois palestrantes foram enfáticos ao falar sobre a velocidade com que a conjuntura está mudando, devido às mudanças estruturais em questões relevantes nas esferas social, política, econômica e climáticas ao redor do mundo. Chamaram a atenção para o crescimento da extrema-direita no âmbito mundial com o neoliberalismo favorecendo a ampliação das desigualdades e as investidas que ameaçam as democracias. Isso tudo, sem esquecer as guerras que além causarem impactos políticos também geram impactos econômicos e sociais.

Sobre as transformações no mundo do trabalho, ressaltaram que a desigualdade histórica e estrutural retomou seu espaço entre 2016/2022, desde o golpe que tirou Dilma do poder e os quatro anos de desmandos de Bolsonaro, que disseminou a política do ódio através das fake News, perdeu a eleição, mas favoreceu o fortalecimento de um congresso conservador e de direita.

Ao responder aos questionamentos e proposições da plenária, Fernanda Lopes falou sobre os problemas mais comuns enfrentados diariamente pelo funcionalismo do BB. “Os problemas são muitos e os desafios enormes, por isso precisamos estar atentos, unidos e mobilizados para combater a falta de funcionários, a sobrecarga de trabalho e o adoecimento de bancárias e bancários, vítimas do assédio, do estresse e das doenças mentais. E vamos à luta!”, arrematou.

Além da análise da conjuntura em que vai acontecer a campanha da categoria, Carlos Eduardo fez uma breve exposição sobre os dados da consulta realizada pela Fetrafi-NE. “A campanha vai ser difícil e temos que agilizar a mobilização, traçar estratégias para fecharmos uma negociação que garanta a manutenção dos nossos direitos e tentarmos buscar novas conquistas. Não é fácil, mas também não é impossível. Vamos manter nossa tradição de luta, arregaçar as mangas e partir para o embate com os banqueiros”, conclamou.

Fabi justificou os motivos que a impediram de vir ao encontro e aproveitou o ensejo para agradecer a votação obtida para o CA da Caixa. “Agradeço a campanha, a votação obtida e ratifico o meu compromisso em defender os interesses de empregadas e empregados, bem como o fortalecimento e a manutenção da Caixa 100% pública e social, sem esquecer que temos o dever de lutarmos pela manutenção da nossa Convenção Coletiva de Trabalho”, afirmou Fabiana Uehara.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, falou sobre a campanha e as expectativas da categoria e sobre a necessidade de também estarmos dispostos a defender outras pautas, como a defesa da democracia. “Eu acredito muito na força e na capacidade de luta de bancárias e bancários e vocês aí na Paraíba nos inspiram e nos dão poder de barganha nas negociações com essa postura combativa. Precisamos renovar as cláusulas da nossa CCT e ir mais além na nossa luta para aumentar a representação da classe trabalhadora também na política. A presença do companheiro Marcos Henriques na Câmara de Vereadores da capital da Paraíba não significa apenas um nome, mas a presença de uma categoria profissional organizada e da classe trabalhadora naquela casa legislativa e precisamos manter nossa presença nesse espaço”, disse.

O presidente Lindonjhonson Almeida avaliou positivamente o encontro e chamou a categoria à luta. “É muito gratificante termos nosso auditório quase lotado em um sábado que começou com chuvas pesadas e promovermos um debate sobre nossos anseios, nossas reivindicações e como vamos enfrentar mais uma queda de braços com os bancos públicos e privados. Elegemos as delegações que vão levar a nossa contribuição à Conferência Regional da Fetrafi-NE e continuamos aqui a pedir que os empregados e empregadas da Caixa votem nos candidatos apoiados pelo movimento para o Conselho Fiscal da Funcef no segundo turno e que as companheiras e os companheiros do BB votem na Chapa 1 – Previ para todos, reelegendo uma diretoria que competência testada na prática. Unidos e mobilizados vamos em frente, pois só a luta nos garante!”, concluiu.

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