Trabalhadores denunciam descumprimento de acordos e pressionam por transparência nas mudanças de funções e metas abusivas
O Sindicato dos Bancários da Paraíba organizou, na manhã desta quinta-feira (16), um Dia Nacional de Luta, em protesto contra o descumprimento de compromissos firmados pelo Banco do Brasil durante a Campanha Nacional 2024. O evento ocorreu na Praça 1817, no centro de João Pessoa, reunindo trabalhadores indignados com as recentes medidas adotadas pela instituição.
Entre as promessas não cumpridas, o banco havia garantido a criação de novos cargos e a realocação dos caixas, mantendo salários compatíveis ou superiores aos das gratificações atuais. No entanto, muitos caixas foram informados que perderão suas funções a partir de 1º de fevereiro de 2025, gerando grande incerteza e angústia entre os trabalhadores. A expectativa de realocação na mesma cidade, também assegurada pelo Banco do Brasil, não tem se concretizado, deixando muitos em uma situação difícil.
Em algumas agências, quando há mais de um caixa para uma única vaga, o gerente geral tem sido responsabilizado pela escolha de quem permanecerá no cargo, desrespeitando o histórico processo interno de ascensão e oportunidades da instituição.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, criticou a atitude do banco: “Recebemos diversas denúncias de que as vagas e movimentações não estão seguindo o que foi acordado nas mesas de negociação. O banco deve respeitar o que foi pactuado, e é por isso que estamos nos mobilizando.”
Além do descumprimento dos compromissos, a pressão por metas abusivas, vinda da Vice-presidência de Varejo, tem gerado descontentamento. Os trabalhadores alegam que a instituição está desvirtuando seu papel como banco público, priorizando lucros em detrimento das condições de trabalho.
Outro ponto de insatisfação é a imposição do curso de reciclagem como pré-requisito para concorrer às vagas, sem que isso tivesse sido previamente acordado. Trabalhadores que estavam de licença ou em férias, ou que enfrentam alta demanda de trabalho, não puderam participar e, consequentemente, estão sendo prejudicados.
A diretora de formação sindical do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Magali Pontes, expressou sua indignação: “Exigimos que o banco cumpra o acordo feito nas mesas de negociação. Todos os trabalhadores devem ser respeitados, e não aceitaremos excedentes nas agências ou transferências compulsórias. Essa luta está apenas começando e precisa crescer por todo o país.”
rg