Para exigir da Caixa Econômica Federal mais respeito aos direitos dos empregados e lutar contra a precarização das condições de trabalho, o Sindicato dos Bancários da Paraíba (Seeb-PB) realizou nesta terça-feira (15), em frente à agência Epitácio Pessoa, um protesto, dentro das atividades do Dia Nacional de luta, que percorreu também outras agências do banco público, da grande João Pessoa.
O protesto dos bancários recebeu o reforço de outras lideranças sindicais, a exemplo do secretário-geral da CUT-PB, Joel Nascimento e o secretário de Relações do Trabalho, Rogério Braz.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, expôs à sociedade que o Dia Nacional de Luta tem o compromisso cidadão em alertar sobre os graves ataques que as empresas públicas estão sofrendo.
“O movimento sindical está cumprindo seu papel de denunciar e conscientizar a sociedade sobre os malefícios da privatização e reestruturação da Caixa. A população tem que saber o que esta atual gestão da Caixa está fazendo e os clientes e usuários devem tomar conhecimento das tentativas de destruir um patrimônio brasileiro centenário. O que está posto com a reestruturação e os planos de demissões voluntárias é justamente isso, assim como tentaram fazer na década de 90, durante o governo neoliberal de FHC.”
Marcelo, elencou uma lista das graves ações que visam enfraquecer a Caixa Econômica Federal. “A direção da Caixa reeditou mais um PDVE com a intenção de afastar mais 5 mil trabalhadores. Ora, nos sabemos da situação caótica da Caixa com o atual quadro, imagine quando essa gestão conseguir alcançar a meta de demissão”. Ainda lembrou, que a hora extra trabalhada aos sábados para o pagamento do FGTS precisou ser levada à Justiça para que os bancários de alguns estados tivessem a justa remuneração garantida em lei.
O presidente lembrou ainda outros fatores que colocam em risco o emprego bancário. “Os bancos estão investindo fortemente em alta tecnologia, através das agências digitais, que funcionam sem a presença do bancário, provocando uma onda de demissões, como já vimos em outras profissões, onde o saldo é a redução de empregos e o acúmulo dos lucros. A tudo isso que foi posto precisamos resistir e dizer não a essa gestão que segue a agenda de um governo golpista e ilegítimo. Se a direção da Caixa continuar com essa postura entreguista, os protestos vão continuar, podendo culminar com uma greve”, concluiu.