Em Cuiabá, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro do Mato Grosso (Seeb/MT) realizou protesto pela falta de respeito e de compromisso do banco Santander com os trabalhadores. “Repudiamos a forma como o Santander age nos países onde atua. Além de envergonhar os trabalhadores do banco, ainda desrespeita a nação do país onde atua. Não podemos tolerar que uma instituição financeira, que lucra tanto, perpetue modelos antidemocráticos e sem nenhuma responsabilidade social”, critica o presidente do Seeb/MT, Clodoaldo Barbosa.

No Brasil, mesmo com lucro recorde, no primeiro trimestre do ano (R$ 2,280 bilhões), o banco espanhol eliminou 3.245 postos de trabalho, em doze meses e 327 apenas nos primeiros três meses de 2017.

Na Espanha, sete ex-diretores de alto escalão do banco são investigados por suposta lavagem de dinheiro e serão ouvidos pela Justiça, no dia 12 de junho, quando no Brasil e em várias partes do mundo ocorrem protestos contra as más práticas do Santander.

Em Porto Rico, Carlos Garcia, ex-diretor do banco, foi um dos principais arquitetos de um modelo perverso de capitalização de juros da dívida pública, do qual o banco espanhol é um dos principais beneficiários. Esse modelo levou a ilha a uma situação extrema de desigualdade social, desemprego e pobreza. E o que é pior: dois ex-diretores do Santander – além de Carlos Garcia, o executivo José Gonzales – fazem parte de uma Junta, composta por sete membros, que impõe um remédio amargo para a dívida que eles mesmos contribuíram para tornar impagável: uma política de corte de gastos públicos que agrava ainda mais a situação calamitosa da ilha, inclusive com fechamento de escolas e hospitais. Tudo isso para pagar juros de uma dívida da qual um dos principais credores é o Santander.

Nos Estados Unidos, o banco dá um péssimo exemplo de prática antissindical, ao impedir que seus trabalhadores se organizem em sindicatos.

De acordo com a representante do Seeb/MT e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN, Nice Souza, diante deste cenário, na segunda-feira (12), representantes dos bancários do Santander de todo Brasil realizam manifestações para cobrar do banco espanhol mais seriedade e respeito com os seus empregados.

“A mobilização Nacional foi chamada pela Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Organização dos Empregados do Santander (COE/Santander) e dirigentes sindicais de todo o país, representando trabalhadores de bancos privados, reunidos entre os dias 6 e 8 para discutir estratégias de mobilização e luta”, explica a dirigente sindical.

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Fonte: Contraf-CUT