Dia Nacional de Luta reivindicou mais emprego, mais agências e mais segurança para trabalhadores e clientes
Nesta terça-feira (6), bancárias e bancários de todo o país uniram forças em um Dia Nacional de Luta contra as políticas adotadas pela direção do Santander. O foco dos protestos foi o fechamento de agências físicas, redução de postos de trabalho ocorridas recentemente, além da demanda por melhores condições de segurança nas unidades.
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“O Dia Nacional de luta foi uma mobilização de norte a sul do país, com a qual exigimos mais contratação de funcionários para atender o cliente, bem como de segurança em todas essas agências bancárias. Houve grande participação dos clientes, com relatos e também assinaturas dos abaixo-assinados, apoiando a luta e as reivindicações dos sindicatos”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.
Durante os atos, dirigentes sindicais estiveram presentes e abriram diálogo com funcionários, clientes e usuários. A população, em geral, expressou sua insatisfação com o fechamento de agências e consequentemente piora no atendimento devido à redução de pessoal, principalmente nas regiões periféricas.
No ano de 2022, o banco espanhol encerrou as atividades de 394 unidades no território brasileiro. Curiosamente, os quatro maiores bancos do país lucraram R$24,7 bilhões no mesmo período.
Representantes dos trabalhadores enfatizam que o Santander tem realizado fusões e fechamentos de dezenas de agências em diversas regiões do Brasil. O banco está apostando em um novo modelo de atendimento, sem caixas físicos, sem porta giratória e algumas sem vigilantes, causando sobrecarga nas dependências remanescentes e atendimento precário aos clientes. Apesar de arrecadar milhões em tarifas e pacotes de serviços, o banco está direcionando a população para soluções digitais e automatizadas, o que implica que os clientes paguem caro para realizar um atendimento autoassistido.
Além do fechamento de agências, o Santander também está controlando de forma significativa o número de bancários nas unidades que ainda estão em funcionamento.
Nos últimos anos, o Santander tem retirado vigilantes de diversas agências, alegando falta de recursos. “O banco parece se preocupar apenas com a segurança do dinheiro, deixando de priorizar a segurança das pessoas presentes nas agências. Vale ressaltar que a segurança é para proteger vidas, uma vez que o patrimonial do banco possui seguros”, destacou Wanessa.
A manifestação também aconteceu nas redes sociais, com um tuitaço que levou a #SeLigaSantander figurar entre os assuntos mais comentados do dia no Brasil, com mais de 13 mil citações.
Fonte: Contraf-CUT