Seeb Jundiaí

Agência central do Banco do Brasil ficou fechada - Seeb Jundiaí

Agência central do Banco do Brasil ficou fechada

Gestor queria cortar férias para atingir metas no Bradesco. No Banco do Brasil, gestor já tinha sido denunciado por assédio moral

Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região decidiu pelo fechamento da agência central do Banco do Brasil, na Barão de Jundiaí, onde está localizada a regional do banco, na última sexta-feira (28), em protesto contra práticas de assédio moral.

Há dois anos, o gestor da Agência do Maxi Shopping é denunciado por assédio moral. Segundo o diretor do Sindicato, Álvaro Pires, o atual gestor já passou por outras cidades do estado e também foi alvo de denúncias.

“Fechamos a regional que representa todas as agências da região. Não vamos permitir que uma pessoa com esse histórico de assédio permaneça humilhando e constrangendo os empregados do banco”, aifrmou

Durante a paralisação a Super Leste Campinas entrou em contato com o Sindicato para abrir negociação.

Gestor queria cortar férias para atingir metas – Nesta sexta-feira (28), o Sindicato também realizou manifestação em frente à agência do Bradesco da Barão de Jundiaí como contestação às práticas de assédio moral do gerente regional, como, por exemplo, o abuso na cobrança de metas e o cancelamento das férias do final de ano dos funcionários para atingir metas em vendas de consórcio, no intuito de ganhar uma viagem.

A atividade contou com o apoio do Sindicato dos Bancários de Bragança e região, também gerenciada pelo Regional de Jundiaí. “Essa atividade é de caráter regional, pois a conduta deste gestor é uma prática que afeta toda nossa região e por isso estamos aqui para fortalecer essa luta”, disse Isabel Machado, presidente do Sindicato dos Bancários de Bragança Paulista e região.

Após pressão do Sindicato, o Bradesco revogou o cancelamento das férias dos funcionários, se prontificando a reorientar o gestor em sua conduta. O Sindicato retardou a abertura da agência do Bradesco e realizou reunião com funcionários para repassar o compromisso do banco em intervir na questão de tais casos de assédio moral.

Combate ao assédio moral

Segundo Douglas Yamagata, presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, a luta contra o assédio é uma das prioridades.

“Temos recebido inúmeras denúncias que comprovam o quanto estão pressionados os funcionários dos bancos. A busca por metas tem sido um abuso constante, levando nossa categoria ao adoecimento. Os banqueiros precisam entender que essa prática da meta abusiva também prejudica a empresa, porque as vítimas de assédio adoecem e passam a produzir menos. É um ciclo doentio que só traz desvantagens para os dois lados”, avalia o presidente.

Douglas lembra que, infelizmente, o assédio moral não é exclusividade dos trabalhadores de instituições financeiras, podendo estar presente em qualquer empresa que tenha funcionários e cargos de chefia. “É de suma importância que os empregados façam a denúncia a seus sindicatos. É preciso cortarmos esse mal que vitimiza os empregados e, consequentemente, suas famílias”.

Fonte: Seeb Jundiaí